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sábado, 15 de outubro de 2011

A DEMOCRACIA INTERROMPIDA



Dia 14 de outubro de 2011, manifestantes, sedizentes trabalhadores setor carbonífero do Rio Grande do Sul, bloqueiam, por mais de duas horas, a Ponte sobre o Guaíba, e provocam a paralisação do tráfego nos dois sentidos, por um trecho de 10 quilômetros da BR 290, gerando, também, congestionamentos em ruas importantes de Porto Alegre.
Com os automóveis imobilizados o inusitado aconteceu, a exemplo de um parto que teve que ser feito no leito da via bloqueada. Para o bem de todos não houve complicações e tudo correu bem. Entretanto, situações que necessitassem de desfechos em outros lugares, por certo que teriam finais infelizes.
A meu juízo, as pessoas tem o direito de se manifestarem, desde que não afrontem o direito de outras pessoas e não lhe acarretem transtornos. Que manifestação é esta que joga por terra o direito de ir e vir das pessoas? Que coloca em risco o nascimento de uma criança? Inegável a legitimidade das reivindicações, mas porque as pessoas usuárias da via tem que sofrer transtornos por que outros se julgam prejudicados por seus patrões?
Existem tantas formas de protesto que não são prejudiciais as pessoas, entretanto, parece-me, que existe uma chancela tácita para que ajam desta forma, por conseguinte, uma certeza de que nada vai ser feito por parte das autoridades que deveriam responsabilizar aqueles que não respeitam o direito dos outros, e não conseguem enxergar nada além do seu próprio umbigo.
Alguns dias atrás houve manifestações com queimas de pneus, cuja autoria se atribuía a policiais militares. Autoridades bradavam que deviam ser identificados e responsabilizados. Concordo. Embora as pretensões dos policiais militares fossem legítimas, a forma de reivindicá-las estava equivocada, portanto, se identificados os autores das manifestações, fossem policiais ou não, deveriam responder por seus atos.
Ora, o bloqueio da BR 290 tem autores e lideranças bem definidas. Não precisa de investigação para nomear pessoas. Deste modo, qual o brado de autoridades para que eles sejam punidos? Transtornaram a vida de milhares de pessoas, mobilizaram centenas de profissionais para contornar os problemas com o trânsito, entre outras coisas, que não foram poucas.
Qual a diferença das mobilizações? Sim, existe, uma foi velada e a outra ostensiva, mas ambas plenamente injustificáveis na sua forma, assim, ambas carecendo de punição para seus idealizadores e autores.
Estas práticas não podem mais ser toleradas, numa falsa alusão a democracia. Democracia é benéfica a todos, eis que todos ganham, todos tem seus direitos observados e realizam seus deveres. Temos que erradicar estas práticas de bloqueios de vias e estradas, cárcere privado de pessoas, a exemplo do que índios fizeram recentemente com funcionários da FUNAI, invasão de prédios públicos e privados, invasões de propriedade, tudo feito e dito em nome dos “MEUS DIREITOS”. Quando isto acontece o movimento deixar de ser um protesto legítimo para se tornar um ato criminoso, desta forma passível de responsabilização.
Tenho convicção de que estas pessoas conhecem todos os seus direitos, de cor e salteado, mas, também, tenho a convicção de que não conhecem sequer um dos seus deveres, bem como lhes falta alguns valores imprescindíveis para o convívio em sociedade, dos quais, para finalizar, cito somente um: RESPEITO.

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