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quinta-feira, 16 de junho de 2016

E DEPOIS A CULPA PELA INSEGURANÇA PÚBLICA É A FALTA DE POLICIAMENTO OSTENSIVO




BM liberta mulher e prende sequestradores em Porto Alegre

BM liberta mulher e prende sequestradores em Porto Alegre 

Vítima aguardava na sinaleira da Assis Brasil com a Bogotá quando foi atacada

Por Vitor Rosa
vitor.rosa@rdgaucha.com.br
Uma mulher foi libertada de um sequestro e os criminosos foram presos pela Brigada Militar na madrugada desa quinta-feira (16), em Porto Alegre. Ela estava rendida no banco de trás do GM Tracker, roubado pelos bandidos ainda na madrugada.

A vítima aguardava no sinal vermelho na esquina das Avenidas Assis Brasil com a Bogotá, na zona norte, quando foi atacada pelos dois sequestradores. Testemunhas avisaram a BM, que se deparou com o veículo na Avenida do Forte, próximo das 2h10. Os criminosos não resistiram à abordagem.

Os dois bandidos, identificados como Jonatan Azeredo da Silveira, de 21 anos, e Jonatan Cruz Bica, 19, foram presos em flagrante. Com eles, os policiais encontraram um revólver calibre 22 e uma arma de brinquedo. A mulher não ficou ferida. 

Dupla foi liberada pelo Judiciário em janeiro
Os dois sequestradores presos hoje pela BM já foram liberados pelo judiciário quando detidos em flagrante em outra ocasião. Em janeiro deste ano, eles foram até o Fórum do bairro Sarandi, na zona norte de Porto Alegre, usando um Ford Ká roubado. Os policiais perceberam que era o mesmo carro citado na ocorrência e deram voz de prisão à dupla. No entanto, a juíza Mirtes Blum determinou a liberdade aos dois, dizendo que não havia provas suficientes.

* Em entrevista a Magistrada afirmou que os delinquentes poderiam não saber que o veículo era roubado. 

Como estes delinquentes são ingênuos...

domingo, 12 de junho de 2016

E Ele nem era o Capitão América, por Oscar Bessi.


Em meio à quase guerra civil de Porto Alegre, não há vingadores. Não como os dos filmes e quadrinhos. Há apenas anônimos de extrema vontade empenhados todos os dias em evitar a chegada do caos. Poderes? Nenhum. Poderes, aliás, não flertam com os heróis da realidade. Os detentores de poder parecem nem gostar desses humanos comuns, que têm de especial só a for- ça da sua convicção e a fé, a preocupação e amor ao próximo que se revela na entrega pelo ofício que escolheram. Sem roupas e equipamentos especiais, usam fardas, ou um giz em sala de aula, mais o olhar atento, o conhecimento, a paixão e a esperança. Que enfrentam marés contrárias. Mas que seguem sonhando. Bairro Glória, capital dos gaúchos, final de uma manhã gelada da última quinta-feira. Um capitão da Brigada Militar está de folga e longe da sua circunscrição. Mas ao ver o assalto a uma loja em andamento, interfere. Em seu íntimo, poderia dizer para si mesmo que não era com ele, pois quem deveria dotar a BM de mais efetivo para ter policiais ali, naquele momento, é que devia se explicar à sociedade. E que nem o governo valoriza sua profissão ao atrasar, e parcelar, o salário que bota o pão na mesa da sua família, paga sua luz e água, seu sustento e dignidade. E que ninguém sequer saberia que, na multidão, havia um policial militar de folga à paisana. Sim, ele poderia fingir que não viu. Mas não é assim que agem os heróis da vida real. O capitão, que não era o América, não tinha ingerido nenhum soro especial de força, só se dedicado muito, treinado constantemente e ralado para chegar aonde chegou, e muito menos tinha escudo-bumerangue de efeitos especiais, enfrentou, sozinho, o trio de assaltantes. Protegido por seu comprometimento e preparo. Prendeu um, atingiu outro, foi baleado e ainda teve o pé quebrado. Cumpriu seu dever. E está bem. Um de seus comandantes me contava informalmente, à noite, sobre a excelência profissional do capitão. Seu entrosamento com suas equipes e dedicação ao trabalho. Do outro lado, garotos dispostos a matar ou morrer por míseros R$ 60. Não, isto não é nenhum gás enlouquecedor de cérebros, espalhado por organizações fantásticas tipo a Hidra dos quadrinhos. É nada além do eco ensurdecedor do descaso. Do quanto se joga uma geração inteira às favas, às garras do consumismo. Da droga e da violência. Do enfraquecimento da educação como um todo. E os caras que patrocinam este cenário triste não querem dominar o mundo. Nada disso. Apenas estão ocupados exclusivamente com os seus umbigos. Na negociata das almas alheias, o extermínio impiedoso do futuro e o medo deste presente. Resta-nos esses heróis anônimos, de carne e osso, invisíveis entre nós.

CORREIO DO POVO

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Super-Homem e Mulher-Maravilha, por Elvio Alberto Walter*

Já faz algum tempo que deixei de me preocupar em salvar o mundo.  

Sempre digo que o que me inspirou a ser professor foi o exemplo dos meus mestres. E não pelo que eles eram como pessoas. Afinal, naqueles anos setenta, professor e aluno pouco sabiam um da vida do outro. O aluno estava na escola para aprender e o professor para ensinar. O que não impedia que muitos de nós, alunos, os considerassem como amigos. E hoje, é uma grande alegria ter muitos deles ainda por perto. 

Nunca me esqueci das professoras das séries iniciais. Tampouco dos meus professores das séries finais do ensino fundamental e do ensino médio. Lembro de cada um deles. Estevan Baccin, Dedé Dede Moss,Anilza da Silva, Marcus Brigel, Marlize Rejane, Maria Antonetti, entre todos. Do nosso diretor de muitos anos, João Colombo Filho. Que passava o tempo todo com um cigarro na boca ou na mão. Mas sempre foi um exemplo para nós. Hoje estaria cometendo um delito. Em cada um, havia a paixão por ensinar. E na maioria dos alunos, um interesse em aprender. 

Como diz uma postagem que circula pelas redes sociais: em casa se aprende a falar obrigado, ser limpo, ser honesto, ser correto, ser pontual, falar bem, não xingar, respeitar o semelhante, ser solidário, mastigar com a boca fechada, não roubar, não mentir, cuidar das próprias coisas e das coisas dos outros, ser organizado. Na escola se aprende matemática, português, ciências, geografia, geometria, línguas e é onde são reforçados os valores que os pais ensinam aos seus filhos.

Vou muito além da minha tarefa de ensinar história e geografia. Algumas vezes religião ou artes. Porque não ensinamos nada, apontamos caminhos para o estudante descobrir. A maior parte das coisas que aprendi foi fora da sala de aula. Lendo muito, indo ao cinema, ouvindo música.

E assim é a vida. O dia tem 24 horas, 1.440 minutos. A semana tem 7 dias, 10.080 minutos. Desse tempo todo, passo com meus alunos entre 150 e 300 minutos. Os outros 9.780 minutos eles estão sob outros olhos ou olhando para outras coisas

E nas minhas aulas não se fala somente sobre relevo, hidrografia, idade média ou idade antiga. Se fala sobre a vida, sobre o quotidiano. Se algum deles optar por algum caminho que difere daquele da cidadania, não sinto culpa ou remorso. Que poderia ter feito algo mais. Tenho certeza que cumpri o meu papel. Afinal, somos professores e professoras e não o Super-Homem ou a Mulher-Maravilha que tem como encargo salvar o mundo.

* Professor no Rio Grande do Sul

quarta-feira, 8 de junho de 2016

ESTES SALÁRIOS DOS JUÍZES DO PARANÁ NÃO DEVERIAM SER DIVULGADOS NA IMPRENSA MESMO: SÃO OBSCENOS.


Juízes entram com ações contra jornalistas 
Publicado em Zero Hora de 08/06/2016

Após publicarem reportagem sobre supersalários de juízes e promotores do Paraná, repórteres do jornal Gazeta do Povo estão sendo processados em dezenas de cidades do Estado por magistrados que pedem indenização por danos morais. As ações, em pelo menos 15 minicípios, têm obrigado os cinco jornalistas que assinaram o material a viajarem por dias seguidos às audiências. Os pedidos somam R$ 1,3 milhão em indenizações.

Para o jornal, é uma tentativa de intimidação da imprensa. A Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar) nega e diz que os juízes exerceram o seu direito.

No Paraná, juízes e dois promotores, que entraram com 36 ações individuais até o momento, reclamam de terem sido “ridicularizados” após o jornal ter afirmado que eles recebem supersalários. A reportagem, publicada em fevereiro, compilou dados públicos para mostrar que, somados benefícios, a remuneração total de magistrados e promotores ultrapassa o teto do funcionalismo público.

PARA ANJ, OBJETIVO É INTIMIDAR PROFISSIONAIS

A associação declarou na época que o jornal prestava um “desserviço” e argumentou que todos os pagamentos estavam dentro da lei, já que férias, 13° e outros benefícios não se somam ao teto. O jornal argumenta que seu objetivo era “expor e debater o sentido do teto constitucional”.

Os jornalistas já sofreram uma primeira condenação, de R$ 20 mil. Na decisão, o juiz acusa a Gazeta do Povo de “agir de maneira descuidada” e “pejorativa”. A defesa do jornal sustenta que as petições iniciais são praticamente idênticas e fala em “ação coordenada”. A Amapar nega.

A defesa da Gazeta do Povo recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), argumentando que nenhum magistrado no Paraná é isento para julgar a causa, mas o pedido de suspender as ações foi negado.

Em nota, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) declarou que a ação conjunta “tem o claro objetivo de intimidar, retaliar e constranger o livre exercício do jornalismo”. A entidade lamentou o ocorrido, dizendo que “juízes se utilizam de forma abusiva da Justiça, não com o intuito de reparar danos, mas de limitar o direito dos cidadãos a serem livremente informados”.

terça-feira, 7 de junho de 2016

QUEM OUVIRÁ O POLICIAL PROTETOR? Por Adilson Luís Franco Nassaro

Podemos e devemos, sim, nos manifestar individualmente em desagravo aos recentes comentários tendenciosos do "Ouvidor" (sobre ocorrência com menor infrator armado morto em confronto).

Inadmissível é ver crianças armadas e envolvidas no crime. De quem é a responsabilidade por isso?

A apuração dos fatos em casos de intervenção policial com resultado morte sempre ocorreu pois a força policial de São Paulo é legalista.

Há necessidade de mudança legal para que os nomeados ao cargo de Ouvidor não sejam necessariamente oriundos de lista tríplice oferecida por uma entidade de "direitos humanos". Que sejam pessoas isentas, desvinculadas de preconceitos, de discurso contaminado por ideologias e de razões inconfessáveis para tão somente criticar a ação policial, como temos assistido.

Isso é tarefa para nossos representantes deputados estaduais que, com certeza, se mobilizarão nesse sentido.

Observem que usei aspas duas vezes nesta pequena exposição.

Podemos e devemos, sim, exigir mais respeito e consideração aos nossos policiais militares que arriscam a vida para proteger a sociedade. 

Merecemos, no mínimo, análises e manifestações isentas, especialmente de autoridades que exercem função pública, em face da difícil, complexa e arriscada tarefa de prevenção e de repressão imediata ao crime em favor de todos os cidadãos.

A linha de frente de proteção à sociedade contra a ação criminosa deve contar com um mínimo de consideração e de respeito.

Exigemos, também de nossas Associações, que igualmente se manifestem em defesa da dignidade do policial militar.


Assista o Vídeo Institucional da Brigada Militar

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