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sábado, 30 de junho de 2012

Legislação FROUXA - Brigada Militar de Sapucaia do Sul prende quadrilha por roubo a madereira, cujos integrantes somam mais de cinquenta antecedentes por crimes como ROUBOS, TRÁFICO DE DROGAS, FURTOS DE VEÍCULOS, AMEAÇAS, DISPARO DE ARMA DE FOGO EM VIA PÚBLICA, PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO, ENTRE OUTROS. Detalhe: Todos nas ruas, livres, leves e soltos.

Prisão de um dos integrantes da quadrilha
Créditos: BM de Sapucaia do Sul

No dia 29 de junho de 2012, aproximadamente às 10h00 da manhã, policiais militares do grupamento de motociclistas (ROCAM) de Sapucaia do Sul, após receberem da central de operações alerta sobre um assalto na Madeireira de Arco Íris, na avenida Justino Camboim, bairro Camboim, partiram em diligências para localizar os suspeitos, que fugiram no veículo que roubaram da vítima, um  Vectra Cinza.
Na invasão da Multiforjas os policiais avistaram o veículo roubado, no momento em que um suspeito desembarcava, e ao avistar os policiais se enveredou em fuga, mas foi preso logo depois. Outros dois indivíduos que tentaram impedir a prisão deste suspeito foram presos por desacato.
O condutor do veículo Vectra imprimiu fuga mas foi abordado nas proximidades do Bairro Três Portos, no Beco da Lansul, restando também preso.
Veículo Vectra recuperado.
Créditos: BM de Sapucaia do Sul
Os dois indivíduos que estavam no veículo foram identificados – um deles com 31 anos de idade e antecedentes criminais por ROUBO A MOTORISTA COM LESÕES CORPORAIS E  PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO(2X); e o outro com 27 anos de idade e com antecedentes criminais por LESÃO CORPORAL(3X), TRÁFICO DE ENTORPECENTES, AMEAÇA, RECAPTURA DE PRESO,   ROUBO A PEDESTRE, DANO, POSSE DE ENTORPECENTES ,DESOBEDIENCIA, DESACATO, APREENSÃO DE OBJETO e   DISPARO DE ARMA DE FOGO EM VIA PÚBLICA – e reconhecidos pelas vítimas como os que assaltaram a madeireira, pelo que foram presos em flagrante delito por roubo.
Os outros dois indivíduos que interferiram na ação policial também foram identificados – o primeiro com 17 anos de idade e antecedentes criminais por TRÁFICO DE ENTORPECENTES(2X), AMEAÇA, LESÃO CORPORAL, DANO, AMEACA COM ARMA DE FOGO, POSSE DE  ENTORPECENTES, FURTO DE VEÍCULO e FURTO QUALIFICADO, e o segundo com antecedentes criminais por FURTO QUALIFICADO (5X), FURTO/ARROMBAMENTO DE RESIDÊNCIA (3X),  POSSE DE ENTORPECENTES (4X), LESÃO CORPORAL CULPOSA, FORAGIDO (4X),  DESACATO (2X), TRÁFICO DE ENTORPECENTES, FURTO MAO GRANDE (2X), DANO, APRESENTACAO DE DETIDO, FURTO DESCUIDO   , FURTO SIMPLES EM RESIDÊNCIA, FURTO CHUCA, AMEAÇA e - VIOLAÇÃO DE ESTABELECIMENTO ESCOLAR - foram presos por desacato. Todos encaminhados para a 2ª DP de Sapucaia do Sul.
Forma recuperados o veículo Vectra cor cinza,  placa IMP 1453, 01 celular Samsung, 01 celular Nokia e uma carteira de couro com documentos.

EU SEI CIDADÃO DE BEM, OS ANTECEDENTES DESTES QUATRO INDIVÍDUOS É COMO SE FOSSE UM FILME DE TERROR, DAQUELES QUE ASSUSTA MESMO. A DIFERENÇA É QUE NÃO SE TRATA DE FICÇÃO, E SIM REALIDADE. E O MAIS ASSUSTADOR É QUE NOSSA LEI PERMISSIVA PARA BANDIDOS PERMITE QUE ELES ESTEJAM NAS RUAS, LIVRES, LEVES E SOLTOS PARA ASSALTAR E MACHUCAR PESSOAS.

Brigada Militar de Sapucaia do Sul apreende pela QUINTA VEZ menina adolescente por tráfico de drogas.


No dia 29 de junho de 2012, aproximadamente às 11h20, policiais militares do grupamento de motociclistas (ROCAM) da Brigada Militar de Sapucaia do Sul,  quando em patrulhamento na Rua Palmares, Bairro Pasqualini, Sapucaia do Sul, avistaram uma adolescente em atitude suspeita, pelo que foi abordada e identificada – com 15 anos de idade e antecedentes criminais por TRÁFICO DE ENTORPECENTES (4X) e POSSE DE ENTORPECENTES (5X) – e com ela foi encontrado 14 pedras de crack, um esmurrugador (para confeccionar cigarros de maconha) e R$18,00 reais.
A adolescente foi apreendida e apresentada na 2º DP e por ter antecedentes por tráfico de entorpecentes por 04 vezes, desta feita foi internada.

Assaltante morto em Novo Hamburgo, em assalto a carro-forte, tinha 09 condenações: 05 por roubo, 02 por tráfico de drogas e 02 por furto e cumpria prisão domiciliar. Já que os homens não fizeram justiça, por causa de sua lei permissiva e condescendente para bandidos, houve intervenção da Lei Divina.


PRISÃO DOMICILIAR PARA ASSALTANTE CONDENADO POR ROUBO (5X), TRÁFICO (2X) E FURTO (2X)
Veículo foi atacado enquanto funcionários descarregavam
malotes em agência bancária
no Centro AdministrativoFoto: Miro de Souza / Agencia RBS
ZERO HORA, 29/06/2012 - 21h12

NOVO HAMBURGO - Identificado assaltante morto em tiroteio durante ataque a carro-forte

Vanderlei Rosa cumpria prisão domiciliar e já fora condenado cinco vezes por roubo - Carolina Rocha
Veículo foi atacado enquanto funcionários descarregavam malotes em agência bancária no Centro AdministrativoFoto: Miro de Souza / Agencia RBS
Foi identificado o corpo do assaltante que participou do ataque a um posto bancárioda Prefeitura de Novo Hamburgo, na manhã desta sexta.
Conforme o delegado Juliano Ferreira, da Delegacia de Roubos do Deic, familiares reconheceram o homem como sendo Vanderlei Pont da Rosa, 58 anos. Ele cumpria prisão domiciliar e já fora condenado cinco vezes por roubo, além de duas condenações por tráfico de drogas e outras duas por furto.
Natural de Bagé, ele foi reconhecido pelos familiares no DML de Novo Hamburgo. Os peritos e os policiais já haviam tentado a identificação por meio das digitais durante a tarde, sem sucesso.
Com a identificação de Vanderlei, o delegado Juliano espera tentar conseguir identificar os outros quatro comparsas, que fugiram em um Corolla, após trocarem tiros com os seguranças do carro-forte que entregava malotes por volta das 9h.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Notem o nível de impunidade e condescendência judicial que campeia no RS. Apesar de ter sido condenado 5 vezes por roubo, 2 por tráfico e 2 por furto, o bandidão foi beneficiado com prisão domiciliar.  Logicamente, diante do fato que ele saia preparado para assaltar, tirotear e matar, o monitoramento da prisão domiciliar era inoperante.  Como imputar à polícia as causas de violência e criminalidade se a bandidagem que ela prende e leva para a justiça é tratada com tanta condescendência, tolerância e facilidades?

Postado por Jorge Bengochea no blog:

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Brigada Militar de Sapucaia do Sul prende homem por receptação e recupera o veículo RENAULT Sandero, vermelho, placa IQV 9041 que estava sob ocorrência de roubo.


No dia  27 de junho de 2012, em torno de 21h30, policiais militares do Pelotão de Operações Especiais de Sapucaia do Sul, após receberem denúncia repassada pela central de operações, acorreram para uma residência na Travessa Sossego, Barro Pasqualini, Sapucaia do Sul, onde, decorrente de inspeção, avistaram na garagem o veículo Renault Sandero, cor vermelha, placas IQV 9041, que fora roubado pouco antes, às 20h20, por dois indivíduos armados com armas de fogo. Os policiais iniciaram ações de polícia e abordaram o proprietário da residência que foi identificado – com antecedentes criminais por RECEPTAÇÃO, FURTO DESCUIDO, FURTO DE VEíCULO, LESÃO CORPORAL, FURTO DESCUIDO, AMEAÇA e  RETENÇÃO DE VEICULO – e preso em flagrante delito por receptação. No local os policiais encontraram ainda 3 RODAS COMPLETAS, 01 MACACO DE CARRO, 01 EXTINTOR DE INCÊNDIO, 01 TAMPA INTERNA DE PORTA-MALAS E UM TELEFONE CELULAR.

Brigada Militar de Sapucaia do Sul prende foragido do sistema prisional (vulgo "ZOREIA) com antecedentes criminais por ROUBO A BANCO, ROUBO A PEDESTRE E ROUBO A ESTABELECIMENTO COMERCIAL, ENTRE OUTROS CRIMES.


No dia 28 de junho de 2012, em torno de 15h20, policiais militares da agência de inteligência da Brigada Militar de Sapucaia do Sul, quando em diligências, reconheceram indivíduo foragido da justiça, pelo que acionaram policiais ostensivos que foi abordaram e identificaram o suspeito – vulgo “ZOREIA”, com 36 anos de idade e antecedentes criminais POR ROUBO A BANCO, ROUBO A ESTABELECIMENTO COMERCIAL, ROUBO A PEDESTRE, RECAPTURA DE PRESO(2X) E LESÃO CORPORAL – e que estava foragido do sistema prisional há oito meses, pelo que foi detido e reencaminhado ao sistema prisional, QUE DIGA-SE, É O LUGAR DELE.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Manual de etiqueta na rede: Para você que é candidato a cargo eletivo.



Manual de etiqueta nas redes

1.           Regra básica: antes de escrever qualquer coisa, pare e pense: você se importaria se o post fosse divulgado no jornal, no rádio ou na TV?
2.           Periodicidade: evite usar o Twitter apenas durante a campanha eleitoral e abandoná-lo em seguida. Parece que você mentiu que é usuário.
3.           Vida pessoal: é uma seara delicada. Em alguns casos, pode humanizar o político. Em outros, pode ridicularizá-lo. Fotos com a família são aceitas, mas nunca se exponha bêbado, por exemplo.
4.           Piadas: melhor passar longe. Boa parte das piadas envolvem minorias, e será fácil tachá-lo de preconceituoso.
5.           Palavrões: você é uma figura pública. Diria um palavrão na TV?
6.           Erros de português: se você for o Tiririca (PR-SP) e quiser se expor de forma engraçada, talvez até funcione. Mas não se esqueça que o Tiririca teve uma orientação de marketing por trás.
7.           Agressividade: uma manifestação ríspida pode ser bem aceita se envolver um problema grave de parte da população. Mesmo assim, faça uma avaliação prévia.

Fonte: Fontes: Alessandro Barbosa Lima, da empresa E.life; Maria do Socorro Braga, da Universidade de São Carlos; e Vera Chaia, da PUC-SP


Manual da Gripe A: O que é a gripe, sintomas, diagnóstico, cuidados básicos, vacina e tratamento.


quarta-feira, 27 de junho de 2012

Outra vez adolescentes - Opinião, por Ronie de Oliveira Coimbra


OUTRA VEZ ADOLESCENTES...
Casos recentes e emblemáticos envolvendo adolescentes em práticas criminosas me impelem a reflexão, a exemplo das duas adolescentes de 13 anos que são suspeitas, pois confessaram em detalhes o crime a polícia, de, em meados de maio deste ano, de ter matado uma garota de 12 anos em São Joaquim de Bicas na região metropolitana de Minas Gerais, e cortado o tórax da vítima para retirar o coração; ou do adolescente de Novo Hamburgo suspeito de  cometer cinco homicídios e duas tentativas de homicídio; e, agora, o caso mais recente ocorrido em Gramado, sem violência, mas de uma irresponsabilidade, inconsequência e descaso de extrema proporções, onde dois adolescentes de quinze anos confessaram ter incendiado criminosamente o galpão onde eram guardados os enfeites de rua utilizados no tradicional “Natal Luz” de Gramado, resultando em enormes prejuízos ao patrimônio público e a toda a comunidade de uma cidade.
Coloco a baila o tema da responsabilização penal de adolescentes, reconheço, potencialmente polêmico, pois existem situações, como as que exemplifiquei acima, que passar a mão na cabeça e determinar medidas sócio-educativas não é suficiente. Reputo que não é minha intenção defender que adolescentes sejam cerceados de sua liberdade por qualquer infração, mas defendo a análise de cada caso, sem a generalização cronológica estabelecida por nossa Lei maior, a Constituição Federal, referendada no Estatuto da Criança e do Adolescente, que versa que os menores de dezoito anos de idade são inimputáveis perante a lei penal.
Obviamente que todo o sistema tem que ser revisto, pois o objetivo das medidas seria o de proporcionar reflexão e revisão do adolescente de seus atos, o que não acontece, penso, no atual sistema que recepciona os adolescentes na mais rigorosa das punições para adolescentes que cometem atos infracionais (crimes), ou seja, a medida de internação.
Pergunto ao leitor se a estes adolescentes, principalmente os que mataram outras pessoas, é justo impor como pena máxima prevista a medida de internação de no máximo três anos? Não sou favorável a uma caça às bruxas de adolescentes infratores, mas, a meu juízo, a Lei deve mudar de forma que consiga diferenciar o que merece penas brandas daquele que, infelizmente, merece duras reprimendas. Ademais não sou romântico a ponto de acreditar que todas as pessoas, mesmo adolescentes, tem recuperação. Você leitor, tanto quanto eu, sabe que existem pessoas com maldade no coração, com má índole e más intenções, a estas a lei deve atentar com especial olhar, sob pena de produzirmos injustiças e impunidade.
Por fim temos que refletir que podemos todos nós, em muitas situações, ser culpados pelos destinos dos adolescentes, mas, em muitas situações, aos adolescentes devem recair as responsabilidades e consequências de seus atos.
Fraternal abraço
Major Ronie de Oliveira Coimbra  

Polêmicas a vista: Anteprojeto de reforma do Código Penal chegará amanhã ao Senado - Conto que as mudanças beneficiem os cidadãos de bem, e não bandidos e corruptos.

Zero Hora - 27 de junho de 2012
As polêmicas que chegam ao Senado

O Senado recebe na manhã de hoje o anteprojeto de reforma do Código Penal. Criada em 1940, a legislação foi atualizada por uma comissão de juristas que propõe mudanças polêmicas, como a criminalização da homofobia e a flexibilização do aborto e da eutanásia.
A partir das 11h de hoje, quando o ministro do Superior Tribunal de Justiça Gilson Dipp entregar o anteprojeto de reforma do Código Penal ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), fica sob a responsabilidade dos parlamentares o destino das futuras normas que ditarão a conduta dos brasileiros.
Concluída em oito meses por uma comissão de 15 juristas escalados pelo Senado, a revisão atualiza uma legislação septuagenária, criada em 1940, e mexe em temas considerados tabus.
Ao passar de 361 para 543 artigos, o novo código criminaliza a homofobia, libera o aborto e a eutanásia em condições especiais, reforça o cerco à corrupção e legaliza o porte para o consumo de drogas leves como a maconha. Ainda tipifica novos delitos, como o terrorismo e as milícias. De antemão, a comissão tem consciência de que o anteprojeto provocará debates intensos no Congresso.
– É natural que surjam polêmicas. O Brasil tem diversidade religiosa, econômica, filosófica e cultural, que reflete na composição do parlamento. Elaboramos um trabalho técnico, sem fugir de nada – destaca Dipp, presidente da comissão de juristas.
O calhamaço nasceu das discussões do grupo composto por magistrados, advogados e professores de Direito. Na visão do ministro, o texto é moderno e compatível com a realidade nacional, embora tenha suscitado controvérsia até mesmo entre seus autores.
A votação que tratou da pena máxima e das progressões de regime, escalonadas em quatro níveis, passou apertada. As mudanças no sistema de prescrição nem sequer foram alteradas. E parte do grupo foi contrária à criminalização do enriquecimento ilícito, proposta louvada pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS):
– Se ganho R$ 20 mil mensais e apareço com uma casa de R$ 10 milhões, terei de mostrar de onde tirei o dinheiro para a compra. É o começo de uma moralização no serviço público.

Aborto é alvo de evangélicos

A certeza de novas polêmicas, agora entre os parlamentares, faz o próprio Sarney atuar nos bastidores das negociações do tema. Ele tenta acelerar a tramitação e evitar que o texto se torne uma colcha de retalhos, já que a legislação passará por comissões e plenários do Senado e da Câmara. No entanto, eutanásia, aborto, homofobia e drogas sofrerão pressão das bancadas mais conservadoras. No início do ano, por exemplo, a bancada evangélica questionou a nomeação da ministra Eleonora Menicucci (Políticas para as Mulheres) porque ela tinha posições pró-aborto.
É provável que os artigos mais incandescentes sejam reescritos ou retirados do texto original. Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Família, o senador Magno Malta (PR-ES) já incita os colegas a vetar tais propostas e a frear o avanço do código no Congresso.
– Ninguém tem o direito de tirar a vida de outra pessoa – justifica Malta, comentando as mudanças em torno do aborto e da eutanásia.

Para concluir os trabalhos, a comissão se reuniu três vezes por semana, em encontros que se estenderam por até nove horas. A maratona adequou a legislação à Constituição de 1988 e aos tratados internacionais assinados pelo Brasil, incorporou mais de uma centena de leis extraordinárias ao texto e revogou outras normas anacrônicas.
Apesar da perspectiva de mudanças, Dipp tenta manter o otimismo com o destino e a velocidade da aprovação do anteprojeto que será entregue hoje:
– A gente torce para que as mudanças sejam mínimas. Tenho expectativa de que no ano que vem teremos um novo Código Penal.

O Estado capitulou, por Aderbal Torres de Amorim - Excelente leitura.


O ESTADO CAPITULOU
Artigos
Zero Hora - 26 de junho de 2012



Entorpecida pela indiferença e pela apatia, a sociedade brasileira já não se surpreende com as gangues de traficantes que dominam as grandes cidades, expulsam de suas casas famílias inteiras e as transformam em vassalos de seus intocáveis reinados. Vive-se a banalização do crime. Já não se reage quando o complacente Estado se acovarda ante a criminalidade de colarinho branco, nem se estranha que parlamentares, réus de processos criminais, integrem comissões de ética; tudo isso parece normal. E tão anestesiados estamos, que sequer percebemos a mais grave agressão que acaba de sofrer nosso denominado Estado de direito. Algo talvez pior do que um golpe de Estado, o recente fato materializa a vitória final do crime organizado contra as instituições oficiais.

Atemorizado pelas ameaças dirigidas a ele e a seus familiares, o juiz federal Paulo Augusto Ferreira Lima requereu sua substituição do processo criminal que apura os crimes da quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira, desvendados pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo. Deferindo o pedido e ferido de morte, o Estado ajoelhou-se ante o atrevimento da criminalidade. Venceu mais uma vez a bandidagem, como antes se vitoriara na eliminação da juíza Patrícia Accioli, assassinada com 21 tiros na porta de casa. Ela combatia o crime organizado da Baixada Fluminense.

Esses revoltantes episódios submetem a Justiça e materializam a completa falência do Estado. Rompem-se as instituições quando um juiz acossado renuncia a seus deveres, entra em férias e viaja para o Exterior para fugir à sanha da delinquência. Pior ainda – se pudesse haver algo pior –, o Tribunal competente defere o invulgar pedido de afastamento, reconhecendo, enfim, o superior poder dos fora da lei que agora submetem o último bastião da segurança em qualquer nação civilizada: a Justiça.

Ora, em nenhuma hipótese pode um juiz afastar-se ou ser afastado da direção de um processo a pretexto de ameaças de quem quer que seja, notadamente de réus que a ele compete processar e julgar. Pena de naufragar a própria cidadania, o Estado não pode reconhecer o poder do crime, aceitando ser atingido na mais sensível de suas funções: a de mandar para a cadeia os inimigos da sociedade. Não pode um juiz deixar a jurisdição por esse motivo. É dever do Estado prover sua segurança e de seus familiares, ou esse mesmo Estado não passará de um fantoche governado pela delinquência, já agora institucionalizada e também instalada nas altas cúpulas do poder. Se é verdade que o Estado não se torna insolvente por questões financeiras, verdade menor não é que ele deixa de existir quando se submete aos fora da lei. A força sem o direito é a tirania, mas o direito sem a força é a anarquia.

Vivemos um desgoverno. O Estado capitulou.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Adolescentes confessam ter colocado fogo no galpão da ExpoGramado - Como são adolescentes e não cometeram o crime com violência, embora tenham causado enormes prejuízos ao patrimônio público (e algo mais grave poderia ter acontecido) e a toda a comunidade de uma cidade, sequer serão internados. ESTA É A NOSSA LEGISLAÇÃO!!!!


Da Redação do Jornal de Gramado.



Gramado  -
Dois menores, de 14 e 15 anos, suspeitos de colocar fogo no galpão da ExpoGramado aonde estava parte da decoração do Natal Luz ontem foram ouvidos hoje pelo delegado Gustavo Barcellos, da delegacia de Gramado. Eles confirmaram o crime. O terceiro menor será ouvido amanhã. Segundo o delegado, eles disseram ter agido por conta própria e de maneira impensada.

Brigada Militar de Sapucaia do Sul prende adolescente de 17 anos de idade e jovem com 20 anos de idade por assaltarem vítima portando facas de cozinha.


Facas utilizadas pelos assaltantes para dominarem a vítima
Crédito: BM de Sapucaia do Sul

No dia 24/06/2012 aproximadamente às 21h45hs, policiais militares do Pelotão de Operações Especiais da Brigada Militar de Sapucaia do Sul,  quando em patrulhamentos ostensivo pela Av. João Pereira de Vargas, no Centro de Sapucaia do Sul, foram abordados por um jovem de dezesseis anos que lhes narrou que fora assaltado por dois indivíduos, que o ameaçaram com facas e subtraíram seu telefone celular marca Samsung.
Os policiais militares de imediato partiram em diligências, munidos das características pessoas dos assaltantes, e abordaram dois suspeitos na via pública, na Rua 03 de Maio, bairro Paraíso em Sapucaia do Sul.
Os suspeitos foram identificados, um deles adolescente, com 17 anos de idade, e o outro um jovem com 20 anos de idade, cada um deles portando uma faca de cozinha e um deles estava na posse do celular da vítima, que apontou o celular como seu e identificou os suspeitos como os que lhe assaltaram.
Prisão dos assaltantes.
Crédito: BM de Sapucaia do Sul

O adolescente foi apreendido e o adulto preso, ambos em flagrante delito por roubo e conduzidos até a DPPA Canoas para a lavratura dos autos de apreensão e prisão em flagrante delito.

Brigada Militar de Sapucaia do Sul prende homem por tráfico de drogas e apreende 14 pedras de crack e recupera uma TV LCD 32 polegadas, muito provavelmente objeto de furto.


Droga (crack), dinheiro e televisão apreendidos com os
                            suspeitos.
                                   Crédito: BM de Sapucaia do Sul
No dia 24/06/2012 aproximadamente às 21h15hs, policiais militares do Pelotão de Operações Especiais da Brigada Militar de Sapucaia do Sul monitoravam um local suspeito de ser ponto de tráfico no Beco da Lansul, Bairro Três Portos, Sapucaia do Sul, quando avistaram um indivíduo, suposto usuário, aproximando-se do local transportando uma televisão de LCD 32 polegadas, marca Semp Toshiba, que seria utilizada para pagar a dívida do tráfico junto a outro indivíduo que realizava a venda do entorpecente.
Os policiais realizaram a abordagem e identificaram os dois suspeitos: O primeiro, que transportava a televisão tem 48 anos de idade e antecedentes criminais por TRÁFICO DE ENTORPECENTES (2X), AMEAÇA e LESÃO CORPORAL, e tinha em sua posse 01 (uma) pedra de crack; o segundo suspeito, que vendia a droga, tinha em sua posse  13 (treze) pedras de crack e R$ 46.00 (quarenta e seis reais) em cédulas de pequeno valor.

Ação policial de prisão dos suspeitos.
                         Crédito: BM de Sapucaia do Sul
Ambos os suspeitos foram presos em flagrante delito, o primeiro por posse de drogas e apreensão de objeto sem procedência, e o segundo por tráfico de drogas, e encaminhados a Delegacia de Polícia Civil de Pronto Atendimento em Canoas.

domingo, 24 de junho de 2012

Maioridade penal, por Rogério Mendelski.


MAIORIDADE PENAL - CORREIO DO POVO, - 24 DE JUNHO DE 2012


Rogério Mendelski


Muitas vezes, o nosso país se destaca no mundo civilizado, não pelo seu crescimento como nação emergente e com tudo para dar certo, mas pelo exotismo de determinados valores culturais, fundamentos básicos para uma sociedade moderna. Vejam bem: temos leis que protegem bandidos e projetos humanos de bandidos. Agora mesmo examina-se a possibilidade de traficantes condenados iniciarem o cumprimento de suas penas no regime semiaberto. Talvez porque já se projete também a descriminalização das drogas e aí, como se diz no submundo, "fecha todas". Mas o assunto desta coluna é a maioridade penal que no Brasil permite jovens delinquentes de 16 anos desfrutarem de uma deliciosa impunidade. Em São Paulo, um adolescente com essa idade comandou 12 arrastões em restaurantes e bares da capital paulista, de acordo com o reconhecimento das vítimas. Ah..., mas o garotão tem a proteção do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), cujo nome sequer pode ser citado. Além disso, os artigos 27 do Código Penal e 228 da Constituição federal completam a blindagem de atos criminosos de jovens que fizeram a opção pela bandidagem, exatamente por que conhecem de cor e salteado todos os expedientes legais que lhes dão a cobertura para a delinquência.

 Volto a um tema antigo desta coluna: a bandidagem brasileira tem leis a seu favor e quando ela sai por aí a assaltar, a avaliação custo-benefício já foi devidamente estudada. Vale dizer que a Justiça pouco pode fazer quando qualquer advogado alega a quantidade de leis em favor do crime e de seus clientes. Essa pilantragem legal tem origem no poder Legislativo, o mesmo "santuário" da democracia que produz leis para um adolescente votar para presidente, mas também para encostar um "tresoitão" na nossa cabeça e sair por aí como um canário-belga que voou porque deixaram a gaiola aberta. No nosso universo de coisas exóticas, enquanto sobram ONGs, leis e estatutos em defesa dos criminosos, faltam entidades e voluntários que se lembrem das vítimas. Sequer temos um ministeriozinho que se lembre de nós...


Idade mínima
Qual o limite para a inimputabilidade? No Brasil, 18 anos. Mas em outros países, onde os estatutos para crianças e adolescentes não são tão generosos, a idade mínima para um menor ser punido varia de acordo com seus referenciais culturais. O exemplo mais radical está no Principado de Luxemburgo. Lá, não existe idade mínima.


A nossa verdade
A legislação brasileira não vê crime em ações fora da lei cometidas por menores de 18 anos. São apenas atos infracionais, assim como a definição da prisão de algum jovem delinquente. Ele jamais será "preso" e sim "apreendido". É o que diz o ECA.


Inglaterra
 No país dos Beatles e da rainha Elizabeth II, a partir dos 10 anos qualquer pessoa pode ir a julgamento por crimes graves. Dois garotos, ambos com 11 anos, foram condenados a 15 anos de prisão por assassinato de um bebê de 2 anos, sequestrado, espancado e colocado amarrado numa linha férrea. Um trem terminou o "serviço" deles. No Brasil, qual seria a pena para os meninos assassinos? Talvez um estágio na Febem.


Mistura perigosa
Mudar o sentido das palavras não altera seus resultados práticos, mas é ideologicamente charmoso. Nas ditaduras comunistas não há oposição e, quando ela brota, seus seguidores são apenas "dissidentes". Assim como na Igreja Católica não existe crime, mas pecado. Para o Vaticano, padre pedófilo não é criminoso é apenas um pecador que merece perdão.

Novilíngua
O termo é uma criação de George Orwell para o seu notável livro "1984". Era a nova língua do sinistro regime imaginado por ele. Não foi diferente quando "Febem" quase virou sinônimo de delinquente juvenil. "Esse é um febem", registrava o preconceito. Aqui no Sul, a entidade foi rebatizada para Fase. Sempre é mais fácil mudar o sofá da sala do que trocar quem senta nele. ··.

Vítimas da insconsciência, por Beatriz Fagundes - Ótimo texto para leitura dos cidadãos e dos legisladores brasileiros, para perceberem que atos criminosos devem ter consequências para os seus autores.


VÍTIMAS DA INCONSCIÊNCIA



BEATRIZ FAGUNDES, O SUL - 24 de Junho de 2012.

O mundo não merece continuar a conviver com pessoas que, de forma consciente, sabem a extensão dos atos que cometem
Não me peça para pedir clemência ao brasileiro que, segundo a legislação da Indonésia, está condenado sem apelação a enfrentar o pelotão de fuzilamento, condenado pelo crime de tráfico internacional de drogas. O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, que foi condenado à morte naquele país em 2004 por tráfico de cocaína, será morto por fuzilamento nos primeiros dias de julho, de acordo com o jornal local The Jakarta Post.
Segundo o procurador Andi DJ Konggoasa anunciou, as execuções de três imigrantes condenados, entre elas a do brasileiro, acontecerão no começo de julho deste ano. Elas foram preparadas "em coordenação com os ministérios relevantes, as embaixadas e famílias" e serão por fuzilamento, disse ao jornal. Segundo Andi, os condenados "tomaram todos os tipos de medidas legais para reduzir a sentença", mas estas não tiveram sucesso. Os outros dois imigrantes condenados à morte por fuzilamento são o malauiano Namaona Dennis e o paquistanês Muhammad Abdul Hafeez, presos em ocasiões separadas por tráfico de heroína em 2001, conforme o jornal.
De acordo com a publicação, os três prisioneiros escolheram seus pedidos finais: o brasileiro Marco reivindicou uma garrafa de uísque, e Dennis e Hafeez escolheram um encontro com suas famílias. Preso em 2003 e condenado à morte um ano depois, o brasileiro tentara entrar no país com 13,7 kg de cocaína escondidos numa asa-delta. Vários pedidos de clemência, inclusive um do ex-presidente Lula, foram feitos e negados. Na Indonésia, a execução ocorre por fuzilamento feito por 12 soldados, apenas dois deles com as armas carregadas. Se o objetivo da ação não for conquistado, uma bala na cabeça encerra a questão.
O caso de Marco Archer Moreira: Ele foi preso em agosto de 2003, depois que autoridades locais encontraram 13,7 kg de cocaína escondidos na armação de um paraglider em sua bagagem. O brasileiro chegou ao país em um voo da companhia holandesa KLM e, quando autoridades pediram para ver seu passaporte, ele fugiu. O fato intrigou os funcionários da alfândega, que abriram as sete malas dele e acabaram descobrindo 19 pequenos pacotes contendo um pó branco escondidos no paraglider - o pó foi posteriormente identificado como cocaína.
O brasileiro, descrito por autoridades de segurança como um "courier" (mensageiro) de um grupo internacional de tráfico de drogas, foi capturado após 16 dias foragido. O Itamaraty informou que a sociedade indonésia é favorável à pena de morte para traficantes e que os estrangeiros, ao entrar no país asiático, assinam um termo de ciência das leis locais. A sociedade sem limites na qual vivemos nos oferece momentos pedagógicos. Marco aparentemente não era um menino oriundo de alguma favela, produto das terríveis desigualdades sociais que tanto nos atormentam. Viajado, ao chegar à Indonésia assinou um documento no qual confirmou um termo no qual reconhecia as leis locais, entre elas a de pena de morte para o crime de tráfico internacional de drogas.
Lamento profundamente a dor da mãe de Marco, considero que a pobre mulher deve estar sofrendo os efeitos do fuzilamento desde o primeiro momento em que soube ser essa a forma pela qual seu filho seria eliminado do mundo dos vivos. Nenhuma mãe merece passar por essa dor. Mas, convenhamos, o mundo também não merece continuar a conviver com pessoas que, de forma consciente, sabem a extensão dos atos que cometem. No passado, a humanidade foi vítima da religião e hoje é refém do "coitadismo", pelo qual aqueles que cometem crimes contra a humanidade são considerados vítimas de inconsciência de seus atos e, portanto, merecedores de permanente perdão da sociedade, a qual agridem de forma perversa, contumaz e contundente. A Indonésia tem o direito de cumprir a sua legislação!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

4ª Reunião do ano de 2012 do Conselho de Segurança Escolar de Sapucaia do Sul.


Assistência dos conselheiros

 Na tarde do dia 21 de junho de 2012, no auditório da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Sapucaia do Sul (ACIS) – gentilmente cedido pela ACIS e Parceiros Voluntários - aconteceu a quarta reunião de 2012 do Conselho de Segurança Escolar de Sapucaia do Sul.
O evento foi presidido por mim e contou com a presença de 49 pessoas entre autoridades, diretores, professores e representantes da iniciativa privada, todos conselheiros ativos.
Momento de minha fala
Durante o evento foram apresentados os resultados das ações preventivas e repressivas próximas às escolas de Sapucaia do Sul, e a exposição dos objetivos gerais e específicos do conselho.
Educadora Fabiane Gai durante sua fala ao Conselho
Durante a minha fala referi sobre o aumento do número de integrantes do Conselho de Segurança Escolar para a legitimação das demandas de Segurança Públicas em Sapucaia do Sul, bem como a construção de personalidade jurídica do Conselho e formatação de Estatuto e Regimento Interno, que passará pelo crivo de todos os conselheiros e depois será apresentado em reunião para aprovação.
O conselho está no seu terceiro ano de existência e agrega a comunidade escolar de Sapucaia do Sul, totalizando 52 escolas, entre particulares e públicas, incluindo duas instituições de ensino superior.
Momento da fala do educador Elvio Alberto.
O primeiro sargento Geverson Ferrari, delegado eleito do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico de Sapucaia do Sul (COMUDE), falou aos presentes sobre importância da mobilização da comunidade de Sapucaia do Sul no dia 04 julho de 2012, para a votação que trará recursos públicos para a segurança pública da cidade, bem como para a saúde e educação, dentre outros. O sargento informou que intenciona  mobilizar 15.000 votos para as demandas de Sapucaia do Sul.
A próxima reunião do Conselho de Segurança Escolar de Sapucaia do Sul ocorre no dia 02 de agosto de 2012 na Escola Estadual Cecília Meireles.
Até lá, e não esqueçam: unidos somos fortes.


quinta-feira, 21 de junho de 2012

Senadores possuem plano de atendimento médico, odontológico ou psicológico, inclusive fora do País, com reembolso total de gastos, sem ressalvas. Detalhe: tudo a custa do dinheiro público.

VANNILDO MENDES - Agência Estado - 20/06/2012. O plano de saúde dos senadores e seus familiares levou o Ministério Público a mover ação civil na Justiça Federal para acabar com a indústria de ressarcimentos. O plano, que custou R$ 98 milhões aos cofres públicos só em 2010, abrange todo tipo de atendimento médico, odontológico ou psicológico, inclusive fora do País, com reembolso total de gastos, sem ressalvas. Detalhe, o senador não precisa pagar um centavo do próprio bolso.
O MP descreveu um tipo de gasto: um senador conseguiu reembolso de R$ 78 mil em 2009 por conta da colocação de 22 coroas de porcelana na arcada dentária. O plano se presta até para cirurgias estéticas e procedimentos não emergenciais. Embora o atendimento não tenha sido caracterizado como urgência e o paciente nem sequer tenha passado por perícia física, o Senado autorizou o ressarcimento. Como ele já havia zerado seu crédito de ressarcimento dentário naquele ano recebeu o dinheiro a título de antecipação das cotas de 2010 e 2011. O plano oferece cobertura total desde o início, não impõe limites de idade ou para doenças preexistentes e vale para toda a vida. Não há uma lista de procedimentos cobertos, tampouco uma tabela de preços para pagamento de instituições e profissionais, que podem ser escolhidos livremente pelos beneficiários. A assistência é paga integralmente com recursos públicos. O benefício é vitalício e não há limite às despesas médicas de senador, o cônjuge e dependentes. Para ter direito à assistência, o parlamentar precisa ter exercido o mandato por apenas seis meses. Depois desse período, pode usufruir eternamente do benefício, sem qualquer participação no custeio. Nem a morte livra o erário do gasto, pois o cônjuge do falecido "continua utilizando o plano ad eternum", conforme descreve a ação.

Lei da Palmada

DO LEITOR ZERO HORA - Lei da Palmada. Dizem que a Justiça é cega, mas a do Brasil é cega, incoerente e absurda, senão vejamos: dia 8, ZH publicou que a Lei da Palmada ainda espera votação na Câmara Federal. Enquanto isso, juízes absolvem indivíduos que têm relações com menores de idade, alegando que as mesmas são prostitutas. Traduzindo: liberdade para os pais que deixam suas filhas menores se prostituírem e cadeia para aqueles que se atreverem a dar uma palmadinha. Só mesmo no Brasil. Jorge Gonçalves do Couto, Professor – Porto Alegre

Salários sem Limites: Esta legislatura do Congresso se preocupa muito com o seu bolso, e pouco, ou quase nada, com a sociedade. Que lástima que este mesmo povo, desdenhado, é quem os elege.

Zero Hora - 21 de junho de 2012
SALÁRIOS SEM LIMITES
Comissão aprova fim do teto para servidores

Com o Congresso em recesso branco, uma comissão especial da Câmara aprovou proposta de emenda constitucional com potencial explosivo para as contas públicas.
O projeto acaba, na prática, com o teto salarial dos servidores públicos, não apenas da União, mas também dos Estados e dos municípios, e retira o poder do presidente da República de definir o maior salário pago pela administração pública no país.
Essa função, pela proposta, será exclusiva do Congresso, sem a necessidade de passar pela sanção ou veto do Planalto. A proposta ainda vincula os salários dos parlamentares aos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Com isso, toda vez que o Congresso aprovar aumentos para os magistrados, eles serão repassados automaticamente para os deputados e os senadores sem o desgaste político de votar um outro projeto de lei concedendo o reajuste. A carona é extensiva a outras autoridades.
O texto fixa o mesmo salário para os três poderes e serão também beneficiados o presidente e o vice-presidente da República, os ministros de Estado, o procurador-geral da República e o defensor público-geral federal. O salário do ministro do Supremo e do procurador-geral tem efeito cascata em toda a magistratura.
O projeto precisa ser votado em dois turnos pelo plenário da Câmara antes de seguir para o Senado. A proposta, na prática, coloca por terra as reformas administrativas dos governos dos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva realizadas para frear o pagamento de salários dos marajás do serviço público e tentar impor limites de gastos com o funcionalismo.
A proposta foi aprovada por unanimidade, em reunião que durou pouco mais de meia hora. Interlocutores do governo no Congresso foram surpreendidos e consideraram que houve um golpe dos deputados.


quarta-feira, 20 de junho de 2012

Vejam o histórico VERGONHOSO deste indivíduo, que estava foragido do sistema prisional, recapturado pela Brigada Militar de Sapucaia do Sul.


Em 18/06/2012,  aproximadamente às 18h00, policiais militares da agência de inteligência da Brigada Militar de Sapucaia do Sul, quando em diligências ,  abordaram,  na Rua Liberato Salzano Vieira da Cunha, Bairro Jardim, Sapucaia do Sul, um indivíduo que reconheceram ser foragido do sistema prisional, que foi identificado – COM ANTECEDENTES CRIMINAIS POR  ROUBO DE VEÍCULO, APREENSÃO DE OBJETO (3 X), RECEPTAÇÃO (2 X), ROUBO A PEDESTRE (5 X), APRESENTAÇÃO DE DETIDO, FURTO DESCUIDO, E OUTROS CRIMES.
O suspeito estava na condição de foragido, pelo que foi detido e reencaminhado ao sistema prisional.
Uma pequena explicação para que você leitor entenda a frouxidão legislativa e as benesses que a justiça concede a um indivíduo nocivo a sociedade, que deveria estar cumprindo longos anos na cadeia:
- 12 de março 2003: preso em flagrante delito por roubo;
- 31 de março de 2003 (19 dias depois): Concedida liberdade provisória pela justiça;
- 20 de outubro de 2008: preso, novamente, em flagrante delito por roubo ;
- 21 de novembro de 2008 (um mês depois) – concedida liberdade provisória pela justiça;
- 23 de novembro de 2008 (dois dias após ganhar liberdade): preso novamente em flagrante delito por roubo;
- 23 de abril de de 2009 (cinco meses depois): concedida liberdade provisória pela justiça;
- 10 de fevereiro de 2010: preso em flagrante delito por roubo;
- 12 de fevereiro de 2010 ( dois dias depois): concedida liberdade provisória, não obstante todos os antecedentes.
- Em 06 de abril de 2010: PRESO, NOVAMENTE, EM FLAGRANTE DELITO, POR ROUBO.
EM 21 DE NOVEMBRO DE 2011 É CONDENADO POR UM DOS ROUBOS E A FROUXIDÃO, A BENESSE LEGISLATIVA, O IMPÕE PENA DE 5 ANOS E 4 MESES EM REGIME SEMI-ABERTO.
EM 31 DE JANEIRO DE 2012 É CONDENADO POR UM OUTRO ROUBO, RECEBE PENA DE 04 ANOS, E MESMO NÃO SENDO PRIMÁRIO, RECEBE O BENEFÍCIO DE CUMPRIR NO REGIME SEMI-ABERTO.
DESDE ENTÃO ELE FOGE E ROUBA, NOS O RECAPTURAMOS, ELE FOGE  E ROUBA, NÓS O CAPTURAMOS, ELE FOGE.........
CIDADÃO, VOCÊ MERECE RESPEITO...
ESTA LEGISLAÇÃO, PARA INDIVÍDUOS COMO ESTE, TEM QUE MUDAR. É UMA VERGONHA...

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Somem 1.045 vagas para apenados em albergues no RS.

Zero Hora - 18 de junho de 2012
SEM GRADES
Somem 1.045 vagas em albergues
Danos e bloqueios judiciais, como o que vale a partir de hoje em Venâncio Aires, tornam prisões gaúchas ainda mais caóticas

Mesmo com a construção de albergues emergenciais e a concessão de prisão domiciliar a milhares de apenados para desafogar as cadeias, o Estado volta a enfrentar uma crise com os regimes aberto e semiaberto. Incêndios, vendavais, danos estruturais e bloqueios judiciais provocam o sumiço de pelo menos 1.045 vagas em sete casas prisionais sob fiscalização das varas de execuções criminais (VECs) da Capital e de Novo Hamburgo.

Atualmente, 7.685 presos estão recolhidos em albergues, institutos e colônias penais. A mais nova interdição atinge, a partir de hoje, a Colônia Penal Agrícola de Venâncio Aires (antigo Instituto Penal de Mariante), determinada pela VEC de Porto Alegre. O motivo: falta de segurança. Os 291 apenados do local poderão permanecer, mas fica proibida a entrada de novos indivíduos. O titular da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), Gelson Treiesleben, destaca que está providenciando o cercamento do lugar com grades.

Somado a esse quadro, está a desarticulação de um plano dos detentos do regime semiaberto de Caxias do Sul, que pretendiam explodir o albergue prisional para forçar a Justiça a determinar que todos cumprissem pena em prisão domiciliar. Cenário que desenha o caos que vivem os albergues, com uma sequência de interdições que se arrastam desde 2009.

Passados 16 meses de uma decisão drástica que obrigou a Justiça a interditar oito albergues para novos presos, a situação carcerária é ainda pior: o Estado não abriu as vagas necessárias nem recuperou as perdidas. Em fevereiro de 2011, a interdição ocorreu em razão do descumprimento de 400 decisões judiciais para que presos do regime fechado progredissem ao semiaberto, o que não ocorria por falta de vagas. A medida durou alguns meses. Depois, foram desinterditados porque a Justiça passou a determinar a prisão domiciliar de presos do aberto, explica o juiz da VEC Sidinei José Brzuska:

– Alguns foram fechados por falta de condições e não foram recuperados. Para contornar esse problemas, estamos soltando presos do regime aberto. Isso, somado às fugas, temw gerado as vagas que o Estado necessita. Mas nem isso está sendo suficiente.

Problema é debatido em Conselho de Execução Penal

Em Novo Hamburgo, onde a Justiça não adotou sistema de prisão domiciliar para presos do aberto, a perda de quase 200 vagas angustia a juíza Traudi Beatriz Grabin. O temor é que voltem problemas semelhantes ao do auge da crise, há dois anos, quando ela determinava a progressão de regime de presos do fechado para o semiaberto e a ordem levava até seis meses para ser cumprida por falta de espaço:

– Os presos nos questionavam por que valia minha ordem para mandá-los para trás das grades e não valia quando determinava a progressão.

Na sexta, o assunto foi tema da reunião do Conselho de Execução Penal, coordenado pela Corregedoria-geral do Tribunal de Justiça do Estado.



JOSÉ LUIS COSTA E KAMILA ALMEIDA

Contraponto
O que diz a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe):

Sobre a interdição dos albergues por falta de manutenção, o superintendente da Susepe, Gelson Treiesleben, destacou que estão sendo recuperados com reformas. Sobre a questão do déficit de vagas nas casas da Região Metropolitana, a Susepe destaca que foram inaugurados albergues novos, como anexos da Penitenciária Estadual do Jacuí, do Instituto Penal de Charqueadas e do Instituto Penal de Venâncio Aires, além do Instituto Penal de Caxias do Sul – todos com 108 vagas cada, em um total de 432 vagas de semiaberto.

domingo, 17 de junho de 2012

Filho de todos nós - Editorial de Zero Hora que nos encaminha para uma reflexão de que o destino de muita crianças e adolescentes que se enveredam pelos caminhos das drogas e da criminalidade se devem por ações ou omissões que também são de nossa responsabilidade coletiva.


EDITORIAL - Zero Hora de 17 de junho de 2012
FILHO DE TODOS NÓS


Vídeo completo sobre a reportagem segue no link abaixo:
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/pagina/filho-da-rua.html 

Zero Hora conta nesta edição, num caderno especial de 16 páginas, a história do menino-adolescente Felipe, senhor das ruas e escravo das drogas e da mendicância desde os cinco anos de idade. Felipe não é Felipe, seu nome verdadeiro é outro, e esta identificação fictícia exigida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente é uma rara e quase insignificante proteção que a legislação e a sociedade conseguem lhe assegurar. No mais, estamos fracassando como governos, legisladores, autoridades, família e cidadãos. Muitos de nós podem até achar que não temos nada com isso, pois pagamos nossos impostos, cumprimos nossas obrigações, cuidamos de nossos filhos para que não caiam nas armadilhas da juventude e, afinal, não podemos salvar a humanidade. Tudo verdade. Mas a leitura atenta da história do menino de 14 anos, inquilino das calçadas e praças, praticante de pequenos delitos, viciado em crack e, muito provavelmente, condenado a uma vida breve, revela ações e omissões que também são de nossa responsabilidade coletiva.

O dramático relato é de autoria da repórter Letícia Duarte, que nos últimos três anos vem acompanhando de perto a trajetória do garoto nascido na periferia pobre de Porto Alegre, numa família desestruturada pelo álcool, pela violência e pela falta de oportunidades. Felipe tem pai e mãe, ele alcoólatra e ausente desde o nascimento da criança, ela dedicada, mas impotente para cuidar da própria vida e para resgatar das ruas e das drogas o filho que começou a fugir de casa antes mesmo de atingir a idade escolar.

Se a mãe não consegue, muito menos as autoridades, a rede social e as instituições constituídas com este objetivo. Felipe já passou por todas, diversas vezes. Já esteve matriculado, albergado, internado e hospitalizado, mas continua analfabeto, infrator e dependente de drogas. A desestruturação familiar certamente está na origem dessa tragédia infantil. Mas o garoto também foi estimulado a seguir este caminho torto por pessoas bem-intencionadas, que não conseguem negar uma moeda a pedintes aparentemente famintos, especialmente quando se trata de crianças.

A própria mãe admite que a esmola sustentou a infância desregrada de Felipe, garantiu-lhe a droga de cada dia, convenceu-o de que é possível sobreviver sem escola e trabalho. “Se a minha reportagem ajudar a conscientizar as pessoas dos danos que causam ao dar esmolas, já estarei satisfeita” – relata a autora deste corajoso trabalho jornalístico.

Ao publicar o especial Filho da Rua, Zero Hora não pretende criticar especificamente governos, denunciar falhas da administração pública ou condenar instituições, pois reconhece o esforço de cada um desses atores sociais na luta contra as drogas e em defesa da infância. O objetivo maior deste recorte de vida, que elege Felipe como símbolo de tantos brasileiros que se perdem nos descaminhos do vício e da marginalidade, é levar leitores, autoridades e lideranças da sociedade a uma reflexão sobre o que estamos fazendo errado e o que podemos fazer melhor para modificar esta dolorosa realidade. O Grupo RBS, que tem entre seus valores permanentes a proteção à infância e a paternidade consciente, acredita que dar visibilidade ao drama de Felipe significa também compartilhar com os gaúchos a responsabilidade de salvá-lo e de evitar que outras crianças tenham semelhante destino.

Tão doloroso quanto ver que uma criança está se degradando diante dos nossos olhos, sem que saibamos como resgatá-la e encaminhá-la para uma vida digna, é a constatação de que esse menino marginalizado é filho de todos nós.

Prestes a atingir maior efetivo em 17 anos, Polícia Civil gaúcha aposta em geração mais jovem e tecnológica.

Para ver matéria completa e vídeo acesse pelo link:

Grupo de alunos do curso de agentes dá prioridade à tecnologia em lugar da força
Alunos são treinados no uso de tecnologia contra o crime
      Foto: Adriana Franciosi / Agencia RBS























Humberto Trezzi
humberto.trezzi@zerohora.com.br

     No final de 2012, o Rio Grande do Sul receberá uma fornada de 782 novos policiais civis. Quando eles forem incorporados, a Polícia Civil ficará com 6.059 integrantes, seu maior efetivo em 17 anos. E um dos maiores das últimas três décadas.
     E quem são esses novatos? A valentia continua admirada, o pé na porta ainda pode ser solução numa emergência, mas os policiais da geração atual dão prioridade a outros métodos. Computador, lupa, pós químicos e uso da psicologia nos interrogatórios cada vez mais substituem as armas e os músculos.
    Tecnologia é tudo na moderna investigação policial. E isso começa pela Academia, onde os candidatos a agente receberão mil horas de aula. Na Delegacia Experimental, uma sala que reproduz o ambiente onde os futuros policiais trabalharão, a média é de quase um computador por aluno, com acesso à internet e aos bancos de dados da segurança. Os alunos aprendem a preencher um boletim de ocorrência, a elaborar um inquérito, a checar antecedentes de um suspeito. Com direito a pesquisar endereços, contas etc, como acontece numa delegacia real.Em vídeo, conheça o treinamento da Polícia Civil 

Academia do futuro

     Formação e idiomas – Desde 1997, todos os policiais civis têm de ter curso superior. Nos anos 1980, a exigência era feita apenas aos delegados, que tinham de ser formados em Direito. E, nas décadas anteriores, nem aos delegados. Em alguns casos eram admitidos delegados não formados, apelidados calças-curtas. Muitos dos jovens alunos trazem seu notebook às aulas e falam inglês, além de espanhol.
     O peso da perícia – Os alunos são conduzidos aos prédios do Departamento Médico Legal (DML) para aulas de anatomia. Vão aos laboratórios do Instituto-geral de Perícias para adquirir noções de balística, isolamento de local de crime, recolhimento de provas.

     Cidadania e Direitos Humanos – Algumas disciplinas da Academia de Polícia Civil são novidade, se comparadas com o que era ministrado há algumas décadas. A ideia é mostrar aos policiais que até suspeitos de crime são cidadãos, com direitos a serem respeitados. Não por acaso, uma das matérias que os novatos aprendem, ministrada pelo ex-chefe de Polícia Pedro Rodrigues, chama-se Ética e Cidadania: formando um Policial Cidadão. São temas recomendados pelo Ministério da Justiça a todas as polícias.

     Seguindo a cartilha legal – Muita gente não sabe, até por não ser nascida naquela época, mas até 1988 policiais podiam entrar na casa de suspeitos sem mandado judicial. A ordem de busca e apreensão era preenchida pelo próprio delegado. Na academia, os novos alunos aprendem que, sem mandado judicial, o serviço cai por terra. Entrar sem autorização só mesmo em casos de risco de vida, flagrante ou para evitar um crime.

     Ambiente mais feminino – Há três décadas, mulher na Polícia Civil era tão raro que virava celebridade e motivo de conversa. No atual concurso para agente, quase a metade dos alunos (41,3%) é mulher. Elas não dispensam batom, mas não fogem das aulas de judô e adoram o curso de tiro.

    A polícia mudou – Ainda é possível encontrar policiais de bombacha e alpargata derrubando uma porta, como ocorreu recentemente numa operação em Viamão, mas a regra agora é uniforme, escudo protetor, muito planejamento e menos sangue possível. Qualificação, mas ainda falta quantidade. Embora grande, o novo contingente nem de longe supre a necessidade de policiais civis, cujo número deveria ser o dobro do atual.

Perfil de um policial à moda antiga
     Condecorado pela prisão de notórios assaltantes de carros-fortes como Papagaio e Seco, o comissário Mauro Alves da Silva tem mais de 30 anos de atividade e saudade dos antigos tempos na Polícia Civil. Inclusive do tempo em que o mandado de busca e apreensão na casa de um suspeito podia ser expedido pelo próprio delegado de polícia.

     – Tínhamos muito mais autonomia. A atividade se burocratizou a partir da Constituição Federal de 1988, quando a polícia passou a ter que pedir quase tudo ao Judiciário para poder trabalhar.
     Mauro lembra que o ambiente, até o final da década de 70, era predominantemente masculino. Isso, diz, por ser uma atividade de risco de vida, violenta e que dependia muito da força física do agente. A partir do início da década de 80, as mulheres começaram a ganhar espaço também nas polícias. De início, em atividade de cartórios, depois também na investigação – "e várias fazem ótimas investigações", ressalta o comissário.

     Ele diz que antes o trabalho era mais na rua:

     – Tudo é uma questão de época. Para o policial obter boas informações, tinha de andar na vila e frequentar a noite (casas noturnas), de onde conseguíamos informantes bons. O que não se aplica nos dias de hoje, pois se o policial caminhar na vila, pouco conseguirá. A população teme represália dos bandidos.

    Ele considera que a atividade policial de hoje é muito mais formal, para atender à legislação, já que tudo precisa ser registrado. Natural, para ele, que na Academia exista hoje grande ênfase ao treinamento de inteligência e conhecimento da legislação.

     Seis lições para elucidar um assassinato

    Crimes contra a vida são a prioridade das prioridades. "Quem matou?" é a pergunta que mais vai atormentar os futuros policiais. A primeira lição é a corrida contra o tempo. Em um mês, a testemunha esquece detalhes, o policial também. Ficam para trás a cor da roupa e o tipo de cabelo do atirador. ZH assistiu a uma aula sobre investigação de homicídios. Confira dicas dadas aos alunos:

Fúria passional
Nos crimes muito sangrentos, com uso de lâminas e mutilação, a suspeita recai sobre mulheres ou parceiros do morto. Muitas vezes quem acha que foi traído ou trocado não se contenta em matar, tem de aniquilar o objeto da paixão. Ferimentos na face costumam ser indício de possível identidade feminina (ou afeminada) do matador.

Quando o morto fala
Parte das respostas para o crime pode ser dada pelo morto, na forma com que o corpo foi encontrado. Tiros à queima-roupa são indícios de execução e possível conhecimento prévio entre a vítima e o matador. Mãos e braços perfurados junto ao rosto também indicam execução, porque a vítima tentou se defender.

Homicídio ou suicídio?
O corpo está pendurado por uma corda numa árvore. Suicídio? Talvez. Aí as marcas da corda no pescoço costumam ser regulares. Já marcas irregulares e fragmentos de pele embaixo das unhas do morto costumam indicar que ele foi assassinado: debateu-se, fazendo a corda se mover, e feriu o assassino ao tentar se defender.

Pólvora nas mãos
Pólvora nas mãos de um suspeito é indício de que ele disparou uma arma de fogo. E quando a pólvora está nas mãos de quem morreu? É indício de que essa pessoa também disparou (mesmo quando a sua arma não é encontrada). E, se quem morreu disparou, o autor do homicídio pode ter agido em legítima defesa.

Sangue do matador
Isolar o local do crime é fundamental porque muito do que está ali pode servir de prova. O sangue, por exemplo, pode não ser apenas da vítima do homicídio. Quando surge um suspeito, o sangue dele é comparado com o encontrado no local do crime. Com base no seu DNA, é possível comprovar envolvimento no delito.

Digitais da arma
Toda arma dispara de um jeito único. A agulha (mecanismo de percussão) bate no projétil da mesma forma, deixando uma marca inequívoca. É por isso que, após apreender uma arma, o perito faz testes e verifica se a cápsula disparada é igual à cápsula encontrada junto à vítima de homicídio. Se for, está localizada a arma do crime.

O trabalho dos infiltrados
Infiltrar um policial no meio criminoso é uma das atividades mais difíceis – e, por isso, uma das disciplinas mais estudadas na Academia. No curso de Inteligência Policial, os alunos aprendem não apenas a se disfarçar de bandidos, como a analisar as informações coletadas e planejar as prisões que elas possam originar. Algumas regras:

Como atender a um telefonema: disfarçado, em frente ao chefe da quadrilha, o policial recebe um telefonema inesperado. "Alô, mãe, posso falar depois?" é uma das frases sugeridas para este momento crucial. Tudo, desde que seu disfarce não seja descoberto.

Ao deparar com um crime: faz parte do disfarce agir como um criminoso. Prender alguém significaria se expor. O policial deve esperar e avisar aos colegas, depois, quem foi o autor do delito.

Quem se disfarça não prende: o objetivo do infiltrado é coletar informação e repassá-la aos colegas. Não é prender. A prisão é a última etapa, muito depois da investigação estar concluída.

Ação em vila de mentira
Pistola na mão, tensão no ar, correria, gritos... qual policial não gosta de ação? Pois os novos recrutas da Polícia Civil adoram. Embora planejem, estudem e se preparem mais que os de gerações anteriores, os novatos também curtem o ápice da atividade policial, a prisão dos "maus elementos".

Uma das aulas mais frequentadas é a disciplina de Técnicas de Operações Policiais, ministrada pelo delegado Mauro Vasconcellos e pelo inspetor Ramiro Santos da Silva. O treino é feito dentro de uma "favela" de mentira. Um festival de berros, adrenalina e algemas, que faz a diversão dos alunos a cada pequena gafe.

Assista o Vídeo Institucional da Brigada Militar

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