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sábado, 3 de setembro de 2011

PÁGINA 10 - Zero Hora - 04 set 2011| ROSANE DE OLIVEIRA Imagem enxovalhada

A tradição que a Brigada Militar construiu em 173 anos de história não combina com pneus em chamas nem com barricadas em rodovias para bloquear a passagem e pressionar o governo a melhorar os salários. A minoria que está praticando atos de vandalismo para encurralar o governo mancha a farda que veste e que sempre foi sinônimo de confiança para os gaúchos. A situação piora quando surgem sinais de que por trás dos protestos não estão soldados que ganham salário básico de pouco mais de R$ 1 mil, mas oficiais descontentes pela perda de algum benefício ou privilégio. Esse grupo, cujo tamanho o governo ainda está tentando dimensionar, prejudica os colegas com a interrupção das negociações que devem resultar em algum aumento de salário. Os brigadianos do Rio Grande do Sul ganham o pior salário do Brasil entre os policiais militares, e essa é uma anomalia que precisa ser corrigida no menor prazo possível. Não é porque sejam workaholics que brigadianos fazem bico, mas pela impossibilidade de sustentar uma família com o que ganham. Lutar para melhorar esse salário é legítimo, mas não é queimando pneus que os policiais militares conquistarão a simpatia da população. A reação do governador Tarso Genro ao suspender a negociação enquanto durarem os protestos violentos não poderia ser diferente. Ele é o comandante em chefe da Brigada Militar. Não pode se tornar refém de um grupo que age na calada da noite para intimidar o governo e semear o pânico. Se o governador ceder à chantagem, outras categorias poderão sentir-se autorizadas a apelar para métodos violentos como forma de conquistar aumento salarial. Nenhum dos governadores que passou pelo Piratini nos últimos anos negou aumento aos servidores por sadismo. Se perderam a chance de virar ídolos dos funcionários, foi por falta de dinheiro para dar aumentos maiores. Se pudesse, Tarso aumentaria o salário do soldado para R$ 3,2 mil. A dificuldade é encontrar a fonte de financiamento para um aumento desses, que tem repercussão em todos os degraus da estrutura da Brigada, assim como o piso do magistério repercute em todos os níveis do plano de carreira.

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