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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Fiquei muito satisfeito com a publicação de um dos meus artigos (O cesto e as maças) no Correio de Gravataí, no dia 20 de janeiro de 2012. Abaixo o artigo.


O Cesto e as Maças

O Ilustríssimo Sr. Marcos Rolim, jornalista, publicou um artigo, intitulado "As maças e o cesto", na ZH  dominical , de 15 jan 12. Contou sobre abusos cometidos pelos militares americanos e a impunidades dos seus atos desumanos e atrozes. Mas, em linhas gerais, aproveitou para alfinetar as polícias no Brasil, deixando nas entrelinhas que atos de violência e de desrespeito aos direitos humanos não são exceção, e sim a regra, fazendo alusão ao adágio popular das maças podres, dizendo que, no caso das polícias, a analogia do adágio não cabe, pois muitas maças no cesto da segurança pública, mormente as polícias estaduais, estão podres, ou então, o cesto estaria estragado.
Indubitável a capacidade erudita e de expressão do colunista Marcos Rolim. Palavras rebuscadas que transcendem seu próprio significado, aliadas a exemplos retirados de todas as regiões do mundo, claro, todos negativos, mostrando uma verdade míope, eis que parcial,  que convence até os mais incrédulos de que a realidade é esta mesma, e que, na verdade, todo o policial, seja civil ou militar, é um despreparado, desrespeitador de direitos, principalmente os humanos.
Acompanho a trajetória política do insigne Marcos Rolim, cuja marca maior, que me recordo, foi à gênese do Relatório Azul, quando, na condição de Deputado Estadual, ele presidia a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do RS. Por gentileza, refresquem minha memória e me digam qual a contribuição que ele deu a segurança pública no Brasil? Afora defender bandidos e delinquentes, muito mais atrozes e perversos que os soldados americanos, eu não me lembro de outra construção. Isto mesmo, pois com a pinta de bom moço, e com a falácia de que Direitos Humanos não defendem bandidos, fazia exatamente a defesa de homicidas, latrocidas e assaltantes, pois para os direitos humanos não se pode fazer distinção do bandido ladrão de galinha daquele que mata para roubar. Bem, me parece que os presídios não tem maças podres, sequer o cesto estaria estragado. Todos os presos são pessoas bem-intencionadas. Não posso me furtar do conhecimento popular e cito o que diz "que o inferno está cheio de boas intenções".
Marcos Rolim já foi político, tanto na esfera estadual, no RS, quanto na esfera federal, e minha humilde inteligência me permite concluir que é um dos motivos pelos quais ele não alfineta o cesto dos políticos (Congresso  Federal e Senado), que pelo que se vê, todos os dias, precisaria que se tirassem as maças boas do cesto, pois daria muito trabalho tiras as maças podres.
É muito mais fácil criticar profissionais que labutam diariamente, faça sol ou faça chuva, faça frio ou faça calor, seja de dia ou de noite; que trabalham enquanto as pessoas estão com seus amigos e familiares, se divertindo, alguns poucos com o dinheiro que sangraram dos cofres públicos (nem tão poucos pelo que vemos atualmente); que lidam com todas as chagas sociais, que são mal-remunerados e pouco reconhecidos; que quando fazem seu trabalho com eficiência, mesmo arriscando a vida, se diz que não fizeram mais que a sua obrigação.
Quem sabe, Marcos Rolim, as polícias civil e militar parem de trabalhar e você reviveria a volta ao caos e a barbárie, a quebra do contrato social de que tanto gosta de falar. E todos os bandidos bem-intencionados mostrariam a sua cara, e os soldados americanos, aqueles que urinaram nos afegãos, pareceriam anjinhos.

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