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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Coluna no Jornal Lider do Vale 4

COMUNIDADE ALERTA
Recentemente estive de férias e aproveitei a oportunidade para pequenas viagens pelo Brasil e, como bom brigadiano, fiz algumas observações relacionadas com segurança pública. Claro que aqui no Rio Grande do Sul, mais especificamente em Sapucaia do Sul,  temos nossas mazelas e muitas demandas que dia-a-dia exigem muito das polícias e preocupam a sociedade, mas vou usar exemplo de uma Cidade que visitei, para provocar a reflexão de vocês: lá bandidos trancam túneis, em que circulam veículos e pessoas,  saqueiam todos que podem, tudo com muita violência e ameaças graves, pois o armamento que utilizam parece com os utilizados em guerras e, em razão disto, as pessoas ficam aterrorizadas quando entram nos túneis, pois não sabem o que os espera lá adiante e esta tensão, imaginem, dura por até dois ou três quilômetros. Neste mesmo lugar ouvi testemunhos de pessoas que não sabem dizer se tem mais medo dos bandidos ou da polícia porque,  as vezes, os policiais se confundem com bandidos e ainda, aonde quer que você vá é achacado pelos “guardadores de veículos”,  sem que se saiba que autoridades tenham feito alguma coisa para, ao menos, inibir a prática.
Tenho dito que segurança pública e tranqüilidade pública é uma busca conjugada com todos. Nesta cidade que falo os motoristas não param nas sinaleiras, estacionam carros nas calçadas e me testemunharam que para tirar a primeira carteira de motorista não é preciso  comparecer nas aulas teóricas, eis que basta colocar o dedo no controle de digitais, ao inicio das aulas, e retornar ao término, para colocar novamente o dedo no controle das digitais, entre outros “jeitinhos” que as pessoas se valem para ganhar vantagem.
Sei que é uma conclusão simplista -  conto com vocês para encorpá-la – mas  no Rio Grande do sul temos outra sociedade e outra polícia e não se trata de bairrismo, mas constatação do que vi e ouvi. A manutenção desta sociedade gaúcha, que tantas vezes ouvimos ser a mais politizada do Brasil e desta polícia militar, tantas vezes elogiada no nível estadual e nacional, depende de nossos esforços somados, do dispêndio de nossas energias para nos unirmos e melhorarmos ainda mais. Disse no início que temos nossos problemas, mas eles ainda não são tão graves como os de muitos Estados brasileiros, isto, sem nenhuma dúvida, mérito de nosso povo que não se conforma com o que já tem conquistado e busca se aprimorar cada vez mais.

TRÊS ESTÁ FORA
Vou reacender a discussão sobre tornar menos tolerante a nossa legislação penal que foi assunto de coluna anterior: Recentemente em Canoas apreendeu-se um adolescente com mais de dezena de ocorrências, dentre roubos, agressões, e por último a apreensão se deu por  porte ilegal de armas . Desfecho do episódio: adolescente entregue aos pais para ficar em “liberdade assistida”. Penso que já estava na hora de uma medida sócio-educativa, eis que ao que parece o adolescente não é sensível a observar regras e leis. Pergunto o que ele estará fazendo agora? A resposta, embora uma suposição, a mim parece óbvia: descumprindo a Lei ou pensando em alguma forma de descumpri-la, pois até agora o “castigo” que recebe por seus atos infracionais é ser entregue aos pais, para que estes o “assistam”. Desculpem-me, mas acho pura bobagem. Vamos ouvir as vítimas deste adolescente e perguntar o que acham da punição.
Até breve e participem: www.roniecoimbra.blogspot.com ou pelo twitter: @roniecoimbra.
Major Ronie de Oliveira Coimbra 

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