Em prisão domiciliar por causa do coronavírus, líder dos Manos rompe tornozeleira e foge.
Com mais de 70 anos de condenação, Fabrício Santos da Silva cumpria medida em condomínio de Estância Velha
Beneficiado em março com prisão domiciliar por causa do coronavírus, um dos principais líderes da facção Os Manos deixou a Cadeia Pública de Porto Alegre (antigo Presídio Central) e foi para casa, em luxuoso condomínio de Estância Velha. Na segunda-feira (1), ele rompeu a tornozeleira eletrônica e fugiu. A suspeita é que Fabrício Santos da Silva, o Nenê, 37 anos, tenha ido embora do País.
Para serviços de inteligência das polícias, a fuga de Nenê era questão de tempo. Além de mais de 70 anos de condenação, é investigado por uma série de delitos enquanto estava preso, no comando de tráfico, roubos e homicídios. As polícias foram colocadas em alerta nesta quarta-feira (3) sobre a fuga, apesar de o mandado de prisão ainda não ter sido expedido pela Vara de Execuções Criminais (VEC) de Porto Alegre. O órgão soltou o criminoso sob argumento da defesa de que está no grupo de risco da Covid-19, por ser hipertenso.
Três meses no nordeste
Nenê chegou a ser encaminhado à Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, na Operação Pulso Firme da Secretaria da Segurança Pública, em julho de 2017, que pretendia isolar as principais lideranças de facções gaúchas. O motivo da remoção foi ter sido apontado como um dos articuladores da engenhosa escavação de túnel para fuga do Presídio Central. Com investimento de milhões, o projeto foi no segundo semestre de 2016. A ideia era libertar 200 detentos em fevereiro de 2017.
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