SUA SEGURANÇA | Humberto Trezzi
Sensação de impunidade
Sensação de impunidade
É impossível ficar impassível para usar uma rima pobre diante de uma notícia como essa, a do jovem capturado 18 vezes em pouco mais de dois anos.
Há controvérsia sobre quantas vezes ele fugiu e quantas ele foi simplesmente preso em flagrante, como aconteceu ontem, cometendo um furto. Mas a questão não é a fuga, é a repetição dos fatos. Felipe Guilherme Franke, 28 anos, parece ter engrenado naquele caminho sem volta. Quisera estar enganado, mas os fatos indicam que continuará a fugir, fugir, fugir...A principal porta de entrada para esse mundo de crimes em sequência costuma ser a droga. Tendo o crack como destaque. Na fissura para obter mais pedra para queimar, o viciado furta, assalta, até mata. Franke não tem passagem por homicídio. Conseguirá evitar mais este artigo do Código Penal? Além da droga – e não temos dados para constatar que tenha sido ela a motivadora desse ciclo na vida do rapaz – contribui para esse vaivém entre as ruas e os presídios a legislação branda no que se refere ao crime, no Brasil. Este é um raro país em que, com um sexto da pena, a maior parte dos criminosos consegue direito a regime semiaberto ou aberto, passando o dia fora da prisão. Aproveitam bem esse tempo? Sabemos que vários, como é o caso de Franke, tem usado o tempo livre para cometer novos crimes. Seria bom os legisladores pensarem, além de nos direitos dos presos, nas garantias que os cidadãos devem ter para circular sem ser importunados por gente que deveria estar presa.
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