Major da BM desabafa no
Facebook após soltura de jovens suspeitos de assaltar médica na Capital
Para o chefe do setor de
inteligência do CPC, major Leandro Luz, decisão da Justiça é um "soco na
cara."
A informação de que os jovens suspeitos de
terem participado da tentativa de assalto em frente ao Parque da Redenção, na
terça-feira, que terminou com uma médica pediatra baleada, foram soltos pela
Justiça causou revolta na Brigada Militar. Pelo Facebook, o major Leandro Luz,
chefe do setor de inteligência do Comando de Policiamento da Capital (CPC),
desabafou.
"Eu preciso ainda, depois de tomar esse
soco na cara, levantar de mais um nocaute, levantar da lona e levantar meus
companheiros de serviço e ainda ir trabalhar amanhã sem qualquer tipo de
frustração", escreveu em seu perfil pessoal o major Luz ainda na
quarta-feira.
Ele também lembrou que ambos os suspeitos
possuem diversos antecedentes. Por volta das 9h, o texto postado havia recebido
73 curtições e 59 comentários, a maioria deles a favor do policial militar.
Como o Ministério Público não formalizou o
pedido para a decretação da prisão preventiva de Eduardo Paulon Madruga, 21
anos, e José Lucas Peixoto Mesquita, 18 anos, o juiz Mauro Caum Gonçalves, da
10ª Vara Criminal, determinou a soltura dos dois.
De acordo com a assessoria de imprensa do
Tribunal de Justiça do Estado, a soltura veio acompanhada de duas medidas
cautelares restritivas que exigem a presença de Madruga e Mesquita, de 15 em 15
dias, no Foro Central, para dizer o que estão fazendo e que os impede de sair
de casa das 22h às 6h. Se forem encontrados na rua durante esse horário, serão
presos.
Confira abaixo o desabafo do major Leandro
Luz:
"Eu e minha equipe a partir do momento
da ocorrência não medimos esforços para realizar as prisões e dar uma pronta
resposta a sociedade, ontem a noite na chuva, completamente encharcados, saímos
as 5 horas da manhã do flagrante na área judiciária. Acredito que tentar roubar
e quando não der certo o intento do vagabundo eles simplesmente realizarem
disparos contra a vítima, ferindo de maneira quase que mortal não é mais crime.
Meus amigos da sociedade de bem salvem-se quem puder............. Eu preciso
ainda depois de tomar esse soco na cara levantar de mais um nocaute, levantar
da lona e levantar meus companheiros de serviço e ainda ir trabalhar amanhã sem
qualquer tipo de frustração. Deus nos proteja!!!!"
Comentário do Major Coimbra
Parabéns ao Major Leandro Luz pelo desabafo público. Não podemos mudar a decisão esdrúxula do Magistrado, não podemos mudar, sozinhos, a legislação frouxa e benéfica para bandidos, mas podemos reclamar e mostrar para as pessoas que a Brigada Militar cumpre seu papel social, a duras penas, e temos que clamar e divulgar que fatos como estes não são isolados, acontecem todos os dias. No andar da carruagem, como falou o Major Leandro Luz, VAI TER QUE SER UM SALVE-SE QUEM PUDER, a não ser que autoridades - principalmente as legislativas e judiciárias - enxerguem que o direito individual de liberdade que tem um CRIMINOSO, NÃO PODE SE SOBREPOR AOS DIREITOS DA COLETIVIDADE, DENTRE ELES A VIDA, A INTEGRIDADE FÍSICA, A SEGURANÇA E O PATRIMÔNIO.
Mas a Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça do Estado se manifestou e divulgou que “a soltura veio acompanhada de duas medidas cautelares restritivas que exigem a presença de Madruga e Mesquita, de 15 em 15 dias, no Foro Central, para dizer o que estão fazendo e que os impede de sair de casa das 22h às 6h. Se forem encontrados na rua durante esse horário, serão presos.”
Mas quem vai fiscalizar se os “cidadãos” estarão em casa no horário estabelecido pela Justiça? E se eles não comparecerem na data aprazada? Adivinhem para quem vai sobrar o trabalho? Para a polícia militar, sem dúvida alguma. E se estes dois assaltarem novamente, quem dará explicações pela insegurança? A Brigada Militar terá que se explicar como já o vem fazendo, em razão de assaltos que acontecem na região dos fatos que aqui nos referimos e outras áreas de Porto Alegre e Grande Porto Alegre, e, enquanto damos explicações, nossos legisladores estarão gozando das benesses do Parlamento, privilégios negados a esmagadora maioria dos brasileiros, afrouxando as Leis Penais em benefício de interesses que eu, como policial e cidadão honesto não consigo compreender, e o Judiciário, por meio de suas assessorias de imprensa, publicarão que as decisões que beneficiam homicidas, latrocidas e assaltantes, são baseadas na Lei vigente ou,então, que são técnicas. Deste jeito cidadãos recomendo que ouçam o Major Luz e seja UM SALVE-SE QUEM PUDER.
ISTO TEM QUE MUDAR.
Major Luz!
ResponderExcluirTemos conhecimento que este não é o primeiro caso de soltura de criminosos presos em flagrante. Que país é esse????? Os direitos dos criminosos acima dos direitos dos cidadãos brasileiros....Isso é uma vergonha e denigre a imagem dos magistrados ainda mais......
É decepcionante para a BM que tem que ouvir muitas vezes de cidadãos mal informados que a Brigada não faz nada, como se fosse de responsabilidade da mesma a liberdade destes criminosos. É preciso o dia em que criminoso seja tratado como criminoso e não cidadão de bem ser tratado como criminoso, pois da forma como está dá-se a impressão que para a justiça todos são iguais “farinha do mesmo saco” porque é “vagabundo” no meio ao cidadão honesto roubando e cometendo o crime de maior potencial à vida que é matando nossa sociedade honesta. E até quando isso vai continuar???????????? Sabemos que existem vários fatores que contribuem para uma melhoria na segurança pública, sabemos que muitas vezes também estes “vagabundos” não são presos devido a super lotação nos presídios, agora é bem simples acabar com essa “putaria”, com o perdão da palavra para quem não merece ouvir, mas é preciso deixar de pagar auxilio reclusão para essas criaturas que infelizmente não serão mais resocializadas e por fim criar a prisão perpétua pois daí meus irmãos de bem com certeza eles iriam pensar muito bem antes de agir no crime e trabalhar para alguns seria a melhor opção e os criminosos de sangue/raça mesmo aqueles que nasceram para o crime estes ficariam lá, mas trabalhando para comer, não pode ser o cidadão honesto que deva pagar a alimentação desses caras. Se isso fosse possível neste Brasil o cidadão de bem viveria em paz, porém, como isso é história de quadrinho, vamos vivendo o nosso tempo de guerra até quando conseguirmos.
ResponderExcluirPensei em vários argumentos que robustecessem esses dos nossos honrados brigadianos... Mas, infelizmente, acabei me dando conta que tudo gira em torno de um código penal arcaico, de um congresso extremamente corporativo e de um judiciário omisso do ponto de vista moral. Quem é que fiscaliza os nossos congressistas corporativos até o pescoço? Quem fiscaliza esse magistrado que se exime de suas responsabilidades, sabe-se lá porque?... Acho que estamos sim vivendo o final dos tempos... Com bem disse o Major Luz, estamos vivendo um legítimo "salve-se quem puder". Gente!!! Que mundo é esse!!!...
ResponderExcluirRealmente hoje eu acompanhei os Noticiários televisivos durante o almoço e pude comprovar nas emissoras que assisti que todos os meios de Comunicação mostraram-se indignados com tal situação uma Vez que tal procedimento Liberal a Luz do Direito que foi utilizado para aliviar tais criminosos com penas abrandadas dizendo-se que os marginais não causavam riscos para a sociedade então fico eu a me perguntar e ao mesmo tempo faço uma Perguntar que não quer calar: " O que poderia ser que pode causar riscos para a Sociedade Gaúcha então? Pois além de serem dados tiros na via Pública e terem sidos atirados dois tiros contra a vida da Médica Pediatra que ficou gravemente ferida sendo submetida a uma cirurgia delicada e requer sérios cuidados médicos precisando ficar internada no Hospital enquanto os meliantes estão fora da Prisão, até quando não sabemos e devido ainda ter a Lei eleitoral e tudo mais!
ResponderExcluirPenso que toda a Sociedade Gaúcha como um todo que tem cidadão de Bem e de Sã consciência lhe dão os Mais sinceros Parabéns juntamente para sua equipe que cumpriram o seu Papel conforme Lei que foi o de Prender os Criminoso em "Flagrante Delito" com todos os requisitos Legais encaminhando para a área judiciária, a fim de que fossem cumpridos os demais requisitos legai previsto na Lei Penal que tipifica as sanções que o caso requeria e que independentemente de serem soltos a "posteriori" ou não o Trabalho da Polícia Militar foi feita e diga-se que Muito Bem Elaborada para tal caso como é comum ao Policiamento Ostensivo Fardado tem sido realizado a décadas que tem agido Preventivamente e como no caso descrito em edição deste Post "Reprimindo" conforme deve ser feito e consta em lei passo a passo a parte que compete do serviço tão bem executado pela Brigada Militar Representada Valorosamente por sua Pessoa e equipe de trabalho de "Bons Policiais"....
Penso que dizes Nobremente suas atuações futuras serem realizadas assim: ..."e ainda ir trabalhar amanhã sem qualquer tipo de frustração. Deus nos proteja!!!!"
Mais Uma vez aqui registro aqui ainda que Virtualmente os meus Mais Sinceros Parabéns pelo Brilhante Trabalho realizado e que nos deixa um Belo exemplo de como prestar excepcional serviço para a Comunidade Gaúcha independente do tempo que fiquem mais tarde soltos os Criminosos beneficiados pelas Lacunas existentes em Lei que tão bem são usados pelos "Doutos que fazem a Hermenêutica do Direito" e sua interpretação Liberal em como aplicá-la abrandando assim os seus atos praticas deixando-lhes em casa ao invés de mantê-los trancafiados nos fundos das Prisões para aprenderem assim severamente que não devem ter "desvios" em suas condutas, pois teriam que pagar na mesma intensidade de seus atos praticados quando feriem alguém da sociedade que pagam seus impostos e merecem a proteção do Estado em todas as Esferas do Direito que lhes são assegurados Constitucionalmente e assim o Estado com Sua "Longa Manos" busque aos Infratores da Lei e os Puna Exemplarmente como espera toda a Sociedade e os Deixe Presos atrás da Grades retirados do seio da Sociedade como é o que se espera e tenho "ditto"!!!!!!!
É revoltante ver marginais fazerem barbaridades e serem soltos, como se nada tivesse acontecido. E o pior é ver o que o novo Código Penal aguarda para nós.
ResponderExcluirFui criado e educado ouvindo que "lugar de bandido é na cadeia", após 20 anos trabalhando na Polícia, ainda recuso-me a acredidar no contrário mas a realidade desmente o que aprendi. Simplesmente frustrante, sem palavras!
ResponderExcluirRicardo de Souza Salamon
Comissário de Polícia PC-RS
Esta situação se repete em todo o Brasil, estão premiando a bandidagem, penalizando duas vezes os cidadãos de bem. Aqui, tem um quadrilátero de ruas que me qualquer distância não superior a 200 metros tem tráfico de drogas. Uma organização criminosa faz debates para resolver os problemas criados por eles mesmos. lamentável
ResponderExcluirMuito precisa ser feito neste pais para tornar melhor a convivência e resgatar a dignidade do cidadão, uma delas é fortalecer e valorizar a policia militar. Trabalhadores dedicados em preservar os valores civis e no entanto são tratados com descaso e desrespeito.
ResponderExcluirEm primeiro lugar Parabéns ao Major Coimbra, e Major Leandro Luz pela coragem de expor seus comentários sobre mais esse soco na cara dos cidadãos, que já tiveram, mas esqueceram do tempo em que o cidadão (Sem antecedentes)eram mais respeitados e defendidos.
ResponderExcluirA proposito desse tema, copio abaixo texto do Dr.Wilson Ronaldo Monteiro / Delegado da Polícia Civil do Pará/BLOG QLO (CARTA DE UM POLICIAL PARA UM BANDIDO):
Senhor Bandido.
Esse termo de senhor que estou usando é para evitar que macule sua imagem ao lhe chamar de bandido, marginal, delinquente ou outro atributo que possa ferir sua dignidade, conforme orientações de entidades de defesa dos Direitos Humanos.
Durante vinte e quatro anos de atividade policial, tenho acompanhado suas "conquistas" quanto à preservação de seus direitos, pois os cidadãos, e especialmente nós policiais, estamos atrelados às suas vitórias, ou seja, quanto mais direito você adquire, maior é nossa obrigação de lhe dar segurança e de lhe encaminhar para um julgamento justo, apesar de muitas vezes você não dar esse direito às suas vítimas.
Todavia, não cabe a mim contrariar a lei, pois me ensinaram que o Direito Penal é a ciência que protege o criminoso, assim como o Direito do Trabalho protege o trabalhador, e assim por diante.
Questiono que hoje em dia você tem mais atenção do que muitos cidadãos e policiais. Antigamente você se escondia quando avistava um carro da polícia; hoje, você atira, porque sabe que numa troca de tiros o policial sempre será irresponsável em revidar. Não existe bala perdida, pois a mesma sempre é encontrada na arma de um policial ou pelo menos a arma dele é a primeira a ser suspeita.
Sei que você é um pobre coitado. Quando encarcerado, reclama que não possuímos dependências dignas para você se ressocializar. Porém, quero que saiba que construímos mais penitenciárias do que escolas ou espaço social, ou seja, gastamos mais dinheiro para você voltar ao seio da sociedade de forma digna do que com a segurança pública para que a sociedade possa viver com dignidade.
Quando você mantém um refém, são tantas suas exigências que deixam qualquer grevista envergonhado.
Presença de advogados, imprensa, colete à prova de balas, parentes, até juízes e promotores você consegue que saiam de seus gabinetes para protegê-los. Mas se isso é seu direito, vamos respeitá-lo.
Enfim, espero que seus direitos de marginal não se ampliem, pois nossa obrigação também aumentará.
Precisamos nos proteger. Ter nossos direitos, não de lhe matar, mas sim de viver sem medo de ser um policial.
Dois colegas de vocês morreram, assim como dois de nossos policiais sucumbiram devido ao excesso de proteção aos seus direitos. Rogo para que o inquérito policial instaurado, o qual certamente será acompanhado por um membro do Ministério Público e outro da Ordem dos Advogados do Brasil, não seja encerrado com a conclusão de que houve execução, ou melhor, violação aos Direitos Humanos, afinal, vocês morreram em pleno exercício de seus direitos.
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Autor:
Wilson Ronaldo Monteiro
Delegado da Polícia Civil do Pará/BLOG QLO
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