Na semana passada, quando escutava a Band News, ouvi uma profissional
comentar que um professor de educação física, em uma escola, pedira as alunas para prenderem os cabelos
durante as aulas. Pedido, na minha opinião, mais que correto, pois protege as alunas e
facilita a prática de exercícios e desportos. Entretanto esta profissional
asseverava que o professor não poderia chamar a atenção das meninas, na faixa
etária de dez e onze anos, que não cumprissem o solicitado, pois é uma forma
que elas tem de expressão e ocupação de seus espaços.
Com todo o respeito aos que pensam o contrário, mas isto é uma bobagem
gigantesca. Crianças e adolescentes devem aprender a respeitar as normas que
lhe são impostas, até mesmo porque, neste caso, além de ser uma medida correta,
partia da autoridade do professor, especialista na prática da educação física.
Estas crianças, alicerçadas no apoio de seus pais, e de profissionais
permissivos e afastados da realidade atual, serão aqueles adultos que passarão
o sinal vermelho, furarão filas, sentarão nos lugares para idosos, invadirão os
gabinetes dos reitores e criticarão a polícia por cumprir a lei. E sabem por
quê? Por que lhes foi ensinado que sempre tem um jeito de burlar a norma.
Aprenderam, muito cedo, que não é preciso cumprir o que é imposto pelo
professor. Porque então vão cumprir normas sociais e se submeterem à lei?
Pergunto a esta profissional
porque a Escola Tiradentes da Brigada Militar e o Colégio Militar do Exército
Brasileiro se revezam no primeiro lugar da ENEM? Eu mesmo respondo: Porque
nestas escolas existe disciplina, se ensina a respeitar a norma e a respeitar a
autoridade do professor; cultivam-se valores e princípios de solidariedade, e
quem não quiser se submeter pode ir embora a qualquer momento.
Eu observo, hoje, nas escolas, alunos que não querem estudar, agridem e
ameaçam colegas e professores, perturbam as aulas e as autoridades da infância
e da juventude os protegem, lhes alcançam garantias e falam, com redundância,
que eles tem direito de estudar. Mas e as outras crianças e adolescentes,
esmagadora maioria, não tem o direito de estudar em um ambiente harmonioso? Que
justiça é esta que privilegia uma meia dúzia de alunos indisciplinados,
desinteressados, agressivos, egoístas e, muitas vezes violentos, em detrimento
de uma esmagadora coletividade que quer aprender e se tornar alguém na vida?
A sabedoria popular, ah a sabedoria popular, já diz que a maça podre tem
que ser retirada do cesto para que as outras não apodreçam também. Aqui isto
não acontece. Alunos de boa índole, que querem ser alguém na vida, se veem
obrigados a conviverem com quem não quer nada com o estudo, e ainda os
atrapalham e desmotivam.
Acredito que vale a reflexão, pois por causa desta história de direitos
individuais bandidos perigosos estão nas ruas livres, leves e soltos,
aterrorizando aqueles que optaram pelo bem, E ESTES SIM, CIDADÃOS DE BEM, A LEI
DEVERIA PROTEGER.
Um ano de 2012 maravilhoso e com menos violência para todos.
Ronie de Oliveira Coimbra
Major – Cmt do 33º BPM de
Sapucaia do Sul
e-mail:
Coimbra@brigadamilitar.rs.gov.br
Twitter: @roniecoimbra
Facebook: roniecoimbra
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