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sábado, 3 de dezembro de 2011

ENTREVISTA com Marília Muricy Machado Pinto, Integrante da Comissão de Ética Pública da Presidência: Lupi adotou comportamentos incompatíveis”.

Zero Hora - 03 de dezembro de 2011
ENTREVISTA
“Lupi adotou comportamentos incompatíveis”
Marília Muricy Machado Pinto, Integrante da Comissão de Ética Pública da Presidência


Relatora do parecer que recomendou a demissão do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a advogada Marília Muricy está convencida de que a presidente Dilma Rousseff acatará a orientação do colegiado.

Em entrevista a ZH ontem, a conselheira enfatizou que Lupi não conseguiu provar sua isenção nas supostas irregularidades apontadas pela mídia. A seguir, a síntese:

Zero Hora – Como a senhora avalia a decisão da presidente de não acatar a recomendação da comissão?

Marília Pinto – Ainda não podemos dizer que a presidente não acatou. Ela pediu para conhecer as razões que embasaram a decisão e, antes de ser informada, viajou. Ao retornar, terá acesso aos motivos que levaram a comissão a recomendar a demissão do ministro Carlos Lupi. Então, veremos qual será sua posição sobre o assunto.

ZH – A demora do Planalto de cumprir a orientação enfraquece a comissão?

Marília – Não. A presidente precisa de um tempo para ler o relatório e constatar que ocorreu somente a aplicação rigorosa de um decreto federal. Essa recomendação foi feita por pessoas designadas pela própria Presidência da República para assessorá-la em temas éticos.

ZH – O que a fez recomendar a demissão de Lupi?

Marília – O ministro não conseguiu provar nos autos sua isenção nas supostas irregularidades apontadas pela imprensa. Lupi adotou comportamentos incompatíveis com a imagem de um ministro. Na comissão, nossa principal atribuição é conservar a imagem da autoridade pública. Nosso movimento não deve ser interpretado apenas como uma censura ao ministro, mas como uma tentativa de preservar as instituições públicas.

ZH – A senhora foi criticada por ter elaborado rapidamente o relatório sobre o caso Lupi. Como a senhora avalia essas reclamações?

Marília – O relatório não foi feito rapidamente. Foi elaborado com o tempo necessário para a leitura dos autos, interpretação da lei e elaboração de uma conclusão. Não se trata de rapidez, e sim de ter encarado o desafio com toda a responsabilidade que minha função impunha.

ZH – Houve pressões externas para que fosse recomendada a demissão do ministro?

Marília – Sou absolutamente independente. Tenho uma trajetória pessoal que comprova isso. Não sofri pressão, assim como nenhum outro integrante da comissão. Estamos cumprindo nossa função com rigor. Há um decreto que arbitra sobre a ética pública e recebemos a missão de aplicá-lo.

ZH – O grupo acredita que a presidente acatará a orientação?

Marília – Sim. Nossa recomendação não tem viés pessoal ou agressivo. E muito menos pretendemos forçar a presidente a tomar decisões. Nossa intenção é assessorá-la, como determina o decreto presidencial que instituiu a comissão.

leo.saballa@gruporbs.com.brLÉO SABALLA JR. | BRASÍLIA

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