Correio do Povo - 21/12/2011 15:46
Justiça decreta prisão de policiais paranaenses
Agentes são suspeitos de matar um sargento da Brigada Militar em Gravataí
Os policiais paranaenses suspeitos de matar o sargendo da Brigada Militar (BM) Ariel da Silva na madrugada desta quarta-feira, em Gravataí, tiveram prisão decretada pela Justiça. O Ministério Público (MP) acatou o pedido da Promotoria de Justiça Criminal de Gravataí e determinou a prisão temporária de três agentes.
O promotor de Justiça André Luís Dal Molin Flores sustenta que “pelo histórico da ocorrência policial e gravidade do fato, há sérios indícios de que os policiais civis do Paraná não possuíam autorização para estar na cidade, não apresentaram argumentos convincentes sobre o episódio, e, possivelmente, tenham deturpado a seu favor os acontecimentos”.
O pedido de prisão dos suspeitos também ressalta que “o episódio deveria ser objeto da lavratura do auto de prisão em flagrante, deixando a cargo do Poder Judiciário decidir sobre a prisão preventiva ou não dos policiais civis do estado do Paraná”. A prisão temporária dos suspeitos foi determinada pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Gravataí.
Tiro que matou sargento foi de submetralhadora
O sargento Ariel da Silva foi morto com o disparo de uma submetralhadora calibre .40, confirmou nesta tarde o chefe de Polícia Ranolfo Vieira Júnior. As primeiras informações deram conta que um fuzil em poder dos policiais paranaenses havia sido utilizado, o que não se confirmou, disse o delegado. A arma calibre 556, a submetralhadora e as pistolas dos agentes foram apreendidas.
Perícia pode identificar quem atirou primeiro
A perícia tenta identificar quem atirou primeiro e em que circunstâncias ocorreram os disparos. Não há câmeras na região do confronto. Foi comprovado que o policial gaúcho, de folga, disparou. Uma bala da arma dele ficou alojada no banco traseiro do carro usado pelos paranaenses, contou Ranolfo. Pela posição do corpo no chão e outras evidências do local em que ocorreu o tiroteio, a perícia pode descobrir quem atirou primeiro, explica o chefe de polícia.
Polícia Civil do Paraná divulga nota
O Departamento da Polícia Civil do Paraná divulgou nesta quarta-feira nota oficial na qual lamenta “o fato que resultou na morte de um sargento da Brigada Militar do Rio Grande do Sul”. A nota diz que uma equipe do Grupo Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) foi deslocada ao Estado para investigar uma quadrilha que praticaria extorsão mediante sequestro.
Investigação de sequestro
As polícias civis (PC) do Paraná e do Rio Grande do Sul revelaram estar investigando o cativeiro para onde foram levados dois empresários paranaenses, sequestrados em data não divulgada. A suspeita é de que a dupla, que não teve identidade nem ramo de atuação no mercado revelados, esteja em Gravataí, na região Metropolitana. Os três policiais paranaenses chegaram por volta da meia-noite desta quarta ao Estado para investigar o caso.
Além do titular da 2ª delegacia de Gravataí, Roland Short, o delegado regional metropolitano Leonel Carivalli trabalha na investigação dos crimes. Uma equipe paranaense veio nesta manhã ao Rio Grande do Sul para acompanhar o caso. A suspeita é que os sequestradores pertençam a uma quadrilha do Paraná, da qual gaúchos fazem parte.
Entenda o caso
O 1º sargento do serviço de inteligência da Brigada Militar Ariel da Silva foi atingido por cinco disparos de fuzil por volta da 1h30min desta quarta-feira, em Gravataí. O policial militar estava de folga quando teria trocado tiros com policiais civis do Paraná. Os agentes teriam dito que pensaram se tratar de um assalto.
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