Zero Hora - 14 de outubro de 2011 | N° 16855
CERCO ELETRÔNICO
Olhos cibernéticos
para flagrar ladrões
de carro
Prefeitos da Região Metropolitana
se unem para lançar rede de
câmeras capaz de deter roubos
A ideia é acabar com o sossego dos ladrões. Prefeitos de 11 municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre decidiram, na manhã de ontem, pressionar por um projeto que se chamará Cerca Eletrônica.
Como o nome indica, o plano é dotar as principais vias de acesso da Capital e cidades vizinhas com uma rede de câmeras de vídeo e leitores de placas (OCR). O esforço é para inibir o roubo e furto de automóveis, crime no qual o Rio Grande do Sul alcança um indesejável quarto lugar no Brasil – atrás apenas de Rio, São Paulo e Distrito Federal. De janeiro a agosto foram levados pelos ladrões 17 mil veículos no Estado.
Alberto Kopittke, que trabalhava até pouco tempo atrás no Ministério da Justiça, é idealizador da proposta. Ele é o diretor executivo do Consórcio Metropolitano, uma reunião de prefeitos da Grande Porto Alegre, que conta com o apoio do governador Tarso Genro, para elaborar propostas comuns de administração. A primeira é exatamente a Cerca Eletrônica, que pretende formar uma rede de pontos interligados na Região Metropolitana e nos limites dos municípios.
O OCR funciona com um sensor infravermelho, que lê placas e transmite a informação para postos policiais situados a um máximo de 500 metros do carro. Se o automóvel é roubado, soa um alarme, permitindo a formação de barreiras policiais para barrar o veículo. A Cerca Eletrônica alimentaria a Brigada Militar, as polícias rodoviárias e os guardas de trânsito municipais. Funcionaria 24 horas.
Pelo menos 96 cruzamentos dessas cidades receberiam os OCR. O cruzamento de dados entre os municípios, com este sistema implantado, permitirá a identificação de todos os veículos que entram e saem da região. Este sistema foi testado em Indaiatuba (SP) e trouxe uma redução de 70% no roubo e furto de veículos nesta cidade da região metropolitana de São Paulo.
Sistema de câmeras poderá ser implantado em 2012
Plano semelhante tinha sido anunciado durante o governo Yeda Crusius, em 2008, mas ficou resumido a 25 radares deste tipo, em estradas estaduais. Agora surge uma nova promessa, mais aperfeiçoada. Além de ler placas de veículos roubados, a Cerca Eletrônica vai monitorar carros que acompanhem esse automóveis roubados – para verificar a existência de batedores das quadrilhas. Para isso será usado programa de computador específico.
Presente na reunião do Consórcio Metropolitano, o governador Tarso Genro se comprometeu a buscar recursos para viabilizar o projeto, que classificou como “um dos mais inovadores que o Rio Grande do Sul já viu”. Se o governo federal não bancar, ele pretende bancar, avisa. O custo estimado é R$ 10 milhões e, se os trâmites correrem bem, o sistema deve estar implantado até o final de 2012.
humberto.trezzi@zerohora.com.br
HUMBERTO TREZZIComo o nome indica, o plano é dotar as principais vias de acesso da Capital e cidades vizinhas com uma rede de câmeras de vídeo e leitores de placas (OCR). O esforço é para inibir o roubo e furto de automóveis, crime no qual o Rio Grande do Sul alcança um indesejável quarto lugar no Brasil – atrás apenas de Rio, São Paulo e Distrito Federal. De janeiro a agosto foram levados pelos ladrões 17 mil veículos no Estado.
Alberto Kopittke, que trabalhava até pouco tempo atrás no Ministério da Justiça, é idealizador da proposta. Ele é o diretor executivo do Consórcio Metropolitano, uma reunião de prefeitos da Grande Porto Alegre, que conta com o apoio do governador Tarso Genro, para elaborar propostas comuns de administração. A primeira é exatamente a Cerca Eletrônica, que pretende formar uma rede de pontos interligados na Região Metropolitana e nos limites dos municípios.
O OCR funciona com um sensor infravermelho, que lê placas e transmite a informação para postos policiais situados a um máximo de 500 metros do carro. Se o automóvel é roubado, soa um alarme, permitindo a formação de barreiras policiais para barrar o veículo. A Cerca Eletrônica alimentaria a Brigada Militar, as polícias rodoviárias e os guardas de trânsito municipais. Funcionaria 24 horas.
Pelo menos 96 cruzamentos dessas cidades receberiam os OCR. O cruzamento de dados entre os municípios, com este sistema implantado, permitirá a identificação de todos os veículos que entram e saem da região. Este sistema foi testado em Indaiatuba (SP) e trouxe uma redução de 70% no roubo e furto de veículos nesta cidade da região metropolitana de São Paulo.
Sistema de câmeras poderá ser implantado em 2012
Plano semelhante tinha sido anunciado durante o governo Yeda Crusius, em 2008, mas ficou resumido a 25 radares deste tipo, em estradas estaduais. Agora surge uma nova promessa, mais aperfeiçoada. Além de ler placas de veículos roubados, a Cerca Eletrônica vai monitorar carros que acompanhem esse automóveis roubados – para verificar a existência de batedores das quadrilhas. Para isso será usado programa de computador específico.
Presente na reunião do Consórcio Metropolitano, o governador Tarso Genro se comprometeu a buscar recursos para viabilizar o projeto, que classificou como “um dos mais inovadores que o Rio Grande do Sul já viu”. Se o governo federal não bancar, ele pretende bancar, avisa. O custo estimado é R$ 10 milhões e, se os trâmites correrem bem, o sistema deve estar implantado até o final de 2012.
humberto.trezzi@zerohora.com.br
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