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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

CAIXAS ELETRÔNICAS – O RISCO






Recentemente o caixa eletrônico do Banco Itaú, situado no Posto de Combustíveis “Tigrão”, as margens da BR 116, em frente ao Zoológico de Sapucaia do Sul, foi alvo de bandidos, que o explodiram para roubarem o dinheiro ali depositado. Ação que mobilizou policiais, tanto civis, quanto militares, agentes do IGP (Instituto Geral de Perícias) para o levantamento pericial do local, entre outros agentes públicos.

Ocorre que no dia 20 de outubro de 2011, arrombadores retornaram ao mesmo local, só que desta feita tentaram arrombar o caixa eletrônico do Banco Bradesco, que fica ao lado do que fora explodido pouco mais de um mês antes, com o uso de ferramentas (furadeiras) especiais, entretanto foram flagrados pela Brigada Militar, restando um dos bandidos preso – este com antecedentes por arrombamento de caixa eletrônico – e a apreensão de várias ferramentas especiais, certamente utilizadas na prática criminosa.

Mas o que quero comentar é que os bancos espalham caixas eletrônicos pelas cidades sem nenhum critério e sem nenhuma segurança, a exemplo deste, do posto Tigrão, que fica as margens da BR 116, em local afastado do centro da cidade, com pouca iluminação, sem segurança alguma, e a polícia militar que trate de usar recursos públicos para cuidar estas caixas eletrônicos, em detrimento de policiar outros locais, pois os recursos continuam os mesmos, tanto humanos quanto materiais.

Afora esta questão tenho que contar que a maioria dos bancos privados de Sapucaia do Sul contrata empresas privadas de segurança, que instalam os sistemas de segurança nos bancos, que quando acionados o alarma toca em uma central em São Paulo ou em outro Estado do Brasil. Sabem o que o funcionário faz quando percebe o acionamento do alarme? Aciona a Brigada Militar. Isto mesmo cidadão. A empresa privada de segurança aciona o serviço público para monitorar os pontos em que instalou os sistemas de segurança e a polícia não recebe nenhuma contrapartida, ou seja, você paga pela segurança privada dos ricos bancos do País.

Postas estas questões recomendo que os bancos discutam com a sociedade e as polícias os locais mais adequados para instalar os caixas eletrônicos, respeitadas, concomitantemente, as necessidades dos usuários e as necessidades de segurança. Por fim que os alarmes dos bancos sejam instalados na central de operações da Brigada Militar, com a devida retribuição pecuniária ao Estado, pois da forma que está não pode ficar, com a empresa privada utilizando o serviço público como equipe de mobilização para monitorar os locais que se propôs a manter seguros, e ganha dinheiro para isto.

Major Ronie Coimbra

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