Zero Hora - 16 de setembro de 2011
EDITORIAIS
SABOTAGEM TOLERADA
Os bons soldados
da gloriosa Brigada Militar do Rio Grande do Sul devem estar passando pelo
maior constrangimento dos quase 174 anos da história da corporação. Não é
crível que homens íntegros, que representam uma instituição amada e respeitada
pelo povo gaúcho, e arriscam a própria vida para cumprir a atribuição
constitucional de preservar a ordem pública, estejam confortáveis diante das
reiteradas perturbações causadas por delinquentes travestidos de advogados dos
policiais militares. Mais inaceitável ainda é que uma força policial
reconhecida por sua lealdade e eficiência continue tolerando, inerte e
cúmplice, o vandalismo e o desrespeito com os cidadãos – como voltou a ocorrer
ontem no centro de Porto Alegre, a poucos metros do Palácio Piratini.
O povo rio-grandense orgulha-se da Brigada Militar, tanto pela sua ação diária de garantir a segurança dos cidadãos quanto pelo seu protagonismo histórico em momentos importantes da vida do Estado. A força armada gaúcha se fez presente em inúmeras revoluções, sempre com a bandeira da lei e da ordem, em defesa dos interesses mais caros da nossa população. Pois esta história bonita e heroica está sendo manchada nos últimos dias pela tolerância e conivência com manifestantes que bloqueiam rodovias, desafiam as autoridades e prejudicam pessoas que nada têm a ver com a reivindicação.
É lógico, óbvio e inequívoco que os cidadãos deste Estado apoiam a valorização dos policiais militares. Profissionais que exercem uma atividade tão essencial merecem, sem dúvida, remuneração compatível com a importância do seu trabalho. O próprio governo do Estado reconhece como justa a demanda dos soldados e está fazendo o possível para atendê-la, dentro das limitações financeiras do setor público. Outras categorias de servidores também estão mobilizadas para elevar seus ganhos – e a maioria delas merece igual atenção por parte do Executivo. Mas qualquer uma delas que perturbasse a ordem para pressionar o governo certamente seria enquadrada pela Brigada Militar, que existe para proteger a sociedade.
Então, como aceitar que a BM continue tolerando e fazendo vistas grossas para os incendiários de pneus e sabotadores da ordem pública? Como aceitar que até agora, mais de um mês após o início de manifestações quase diárias, nenhum vândalo tenha sido detido e identificado? Como aceitar que sabotadores ajam livre e impunemente, transtornando a vida da Capital, como ocorreu ontem?
O povo rio-grandense orgulha-se da Brigada Militar, tanto pela sua ação diária de garantir a segurança dos cidadãos quanto pelo seu protagonismo histórico em momentos importantes da vida do Estado. A força armada gaúcha se fez presente em inúmeras revoluções, sempre com a bandeira da lei e da ordem, em defesa dos interesses mais caros da nossa população. Pois esta história bonita e heroica está sendo manchada nos últimos dias pela tolerância e conivência com manifestantes que bloqueiam rodovias, desafiam as autoridades e prejudicam pessoas que nada têm a ver com a reivindicação.
É lógico, óbvio e inequívoco que os cidadãos deste Estado apoiam a valorização dos policiais militares. Profissionais que exercem uma atividade tão essencial merecem, sem dúvida, remuneração compatível com a importância do seu trabalho. O próprio governo do Estado reconhece como justa a demanda dos soldados e está fazendo o possível para atendê-la, dentro das limitações financeiras do setor público. Outras categorias de servidores também estão mobilizadas para elevar seus ganhos – e a maioria delas merece igual atenção por parte do Executivo. Mas qualquer uma delas que perturbasse a ordem para pressionar o governo certamente seria enquadrada pela Brigada Militar, que existe para proteger a sociedade.
Então, como aceitar que a BM continue tolerando e fazendo vistas grossas para os incendiários de pneus e sabotadores da ordem pública? Como aceitar que até agora, mais de um mês após o início de manifestações quase diárias, nenhum vândalo tenha sido detido e identificado? Como aceitar que sabotadores ajam livre e impunemente, transtornando a vida da Capital, como ocorreu ontem?
A Brigada Militar
não pode permitir que o corporativismo cego manche sua história gloriosa.
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