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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Se alguns ainda não tinham entendido porque o STF historicamente nunca condenou um político, ou o porque das duas recentes decisões: Beber, dirigir e matar não é crime doloso; anulação das provas contra familiares de Sarney, o texto abaixo é esclarecedor. E então gaúchos, está ou não está na hora de uma nova revolução farroupilha? Esta rapinagem institucionalizada do dinheiro público aliada a impunidade, e o Órgão que deveria zelar pelos cidadãos de bem conta com cartas marcadas, está insuportável. Abraço fraterno e farroupilha.

Parte da coluna de Paulo Santana, no Jornal Zero Hora de 21/09/2011
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A reportagem da revista Veja desta semana é estarrecedora: o advogado Márcio Thomaz Bastos, sem dúvida o maior e mais competente advogado do país, já indicou à Presidência da República seis dos atuais 11 ministros do Supremo Tribunal Federal.

E já se prepara, MTB, para indicar o sétimo ministro do Supremo.

Incrivelmente, Márcio Thomaz Bastos vê assim o Supremo julgar frequentemente ações em que ele é o advogado constituído.

Em outras palavras, o advogado é quem escolhe os juízes supremos dos seus pleitos profissionais no tribunal máximo.

A Veja escreveu assim, exatamente assim: “Márcio Thomaz Bastos, ou MTB, como preferem os antigos, participou da escolha de pelo menos seis ministros que julgarão o mensalão, definiu a estratégia como advogado do caso e continua a influir na composição da corte constitucional”.

Foi a Veja que afirmou.

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São tantos os ministros que caem por corrupção denunciada pela imprensa – e reprimida prontamente pela presidente Dilma Rousseff –, há outros tantos que começam a balançar em seus cargos pelos mesmos motivos, que esse espetáculo horrendo transmite-nos por vezes a delirante impressão de que o atual tipo de governo brasileiro não passa de uma organização criminosa destinada a transferir recursos públicos para bolsos particulares.

E inacreditavelmente esse sistema espúrio de raspagem volumosa dos cofres públicos pela voracidade corruptiva, entre nós, é erigido pelos cidadãos, na forma de eleições que são convocadas para legitimar o status quo vigorante e perpetuador.

Tal fato aterroriza tanto os espíritos, que muitos deles passam a duvidar da eficácia da democracia, que no nosso caso derivou para a criação de uma classe especial dominante: a dos que metem a mão na coisa pública, locupletando-se.

Só um movimento popular maciço e transbordante pode pôr fim a essa distorção desse regime de libertinagem financeira.

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