Você se sente representado (a) pelos políticos que por hora ostentam seus mandatos? Eu, particularmente, sinto-me órfã de representação política, mesmo tendo exercido, através do voto, a minha errônea escolha.
Hoje, mais do que nunca, não concebo ser representada por políticos que subtraem o erário público, para fins de enriquecimento próprio. Não concebo ser representada por políticos que subestimam a inteligência dos que os elegeram, alegando “nada saber”, a respeito da nebulosa corrupção que paira sobre suas cabeças e nunca se dissipa. Então, eu me pergunto: quem deveria estar de posse das respostas do que se passa nos arredores do reino, do país das maravilhas, excelentíssimo homem do povo? Responda-me!
Creio que para os políticos brasileiros, com exceção de poucos, pouquíssimos, o Brasil em que eles residem é muito distinto do Brasil em que reside o eleitor. Ao empossar-se, o fascínio pelo poder apodera-se dos nossos representantes, o poder desmedido, o poder sem ética, sentem-se inalcançáveis ao jugo da lei. Sempre sábios articuladores em causa própria e dos seus, entenda-se seus, não o povo, eu, você, mas os que se sentam à mesa farta e servem-se do vasto cardápio que depõe contra a moralidade administrativa.
Entendo que ser político é antes de tudo, ser ético. No entanto, um terrível paradoxo se instala quando ao governar o Estado, os vícios desses homens e mulheres se sobressaem a olhos nus, provocando distorções maléficas no conceito de administrar em prol do coletivo.
Não ouso calar-me quando alguns políticos, usam de seus sofismas para ludibriar a boa fé dos que se agarram à derradeira esperança de um país mais justo, com homens e mulheres mais comprometidos com seus valores morais, com a responsabilidade de conduzir dignamente a vida de nós, brasileiros.
Julho de 2015
*Capitã na Polícia Militar do Ceará
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