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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Como diz o velho e bom adágio: "Educação vem de casa", principalmente com bons exemplos. Opinião, por Ronie de Oliveira Coimbra

Hoje pela manhã, no Bom dia Brasil, veiculou-se matéria sobre quebra-quebra dentro de escolas, uma em Brasília, e outra no RS. Obviamente que a questão merece uma análise profunda, o que uma simples matéria televisa não proporciona, primeiro por que tende a mostrar sempre o problema, sem apontar soluções bem construídas, segundo, que raramente mostra ambientes públicos que funcionem.
Não apregoo que escondam acontecimentos como os estampados na reportagem, até por que são graves e merecem muita atenção, e correções de rumo, pois me parece que a inação e omissão do professor, no exemplo de Brasília, antes das críticas e do julgamento prévio, requer uma investigação da causa, ou causas, deste comportamento permissivo por parte do educador. A reportagem inclusive aponta algumas, e destaco duas: a superproteção de pais, e a - perdão pela palavra - malfadada inimputabilidade penal de adolescentes.
 Entretanto o que me chamou atenção, respeitada a edição da emissora, foi a fala de uma mãe, quando indagada sobre o comportamento do filho adolescente: "COMO ISTO FOI ACONTECER? AONDE ESTAVAM OS PROFESSORES?" Confesso caro leitor que me frustrei por demais com a resposta interrogativa da mãe, que passou a impressão de que não sabe o que fazer, ou não quer fazer algo em relação ao filho. Eu devolvo a pergunta para ela: MÃE, EM QUE MUNDO VOCÊ ESTÁ? Eu acredito, que ao invés de buscar um responsável pelo comportamento do filho, trilhando o conhecido e fácil caminho do entendimento de que O PROBLEMA NÃO É MEU, E SIM DO OUTRO, deveria assumir sua condição de responsável por sua cria (perdão outra vez) e educá-la, impondo-lhe limites, responsabilizando-a por seus erros, e, se necessário, exercendo sua autoridade materna aplicando-lhe restrições condizentes (castigos).
Estamos em tempos modernos, nossos filhos tem acesso a informação, e muita - e não temem mais o bicho-papão e o velho do saco, que tradicionalmente os pais utilizavam para substituir suas autoridades - e querem tomar suas decisões, e, portanto, precisam que alguém lhes diga o que é certo, pois poderão eles mesmos, sem os subsídios e maturidade suficientes, realizarem estes julgamentos, e quanto menos importunados e cobrados de suas decisões, tanto mais entenderão que estas estão corretas.
Imagine então se os pais, quando seus filhos errarem gravemente, os protegerem, passando a mão carinhosamente por suas cabeças, mostrando a eles que sempre existirá um outro culpado ou responsável para que assuma os erros que eles cometeram.
Na minha ótica aquela mãe deveria ter dito que iria conversar com seu filho adolescente, para entender o porquê do comportamento dele, e como deveria agir para erradicar este comportamento violento, de desdém com a coisa pública, e de desrespeito a toda uma coletividade escolar. Mas, parece-me que é mais fácil dizer que alguém, que não seja eu, é responsável pela educação dos meus filhos, e que todos os demais tem que aturar filhos de pais omissos em educá-los.
Fecho dizendo que a questão é multicausal, tem várias causas, portanto deve ter um enfrentamento multidisciplinar, de várias frentes, sem uma mágica solução, mas, como sou da geração X (nascidos nas décadas de 60 e 70), acredito que a educação, ainda, começa em casa, principalmente pelos bons exemplos.
Abaixo o link para a matéria.
Um abraço e um ótimo dia.
Major Ronie Coimbra


http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/08/alunos-fazem-quebra-quebra-dentro-de-escolas-no-rs-e-brasilia.html

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