PESCA NA REDE
Não seja fisgado na internet
Declaração do IR e fim do
MSN são algumas das iscas usadas em golpes virtuais, cada vez mais frequentes
em todo o planeta
O Brasil não se destaca só pela grande
quantidade de fraudes virtuais aplicadas a cada ano. Impressionam também a
qualidade e o perfeccionismo dos golpes que os cibercriminosos vêm praticando
na internet.
Em meio à corrida ao site da Receita Federal
para a declaração do Imposto de Renda, os brasileiros devem ficar atentos aos
falsos e-mails enviados por golpistas, com o objetivo de obter dados pessoais e
bancários. De acordo com o diretor da Symantec, fabricante do antivírus Norton,
André Carrareto, os criminosos aproveitam esse tipo de ocasião para atacar:
– Em períodos de declaração do IR, é comum
chegarem na caixa de e-mail mensagens afirmando que houve algum erro no sistema
e que o usuário precisa clicar em um determinado link para corrigir a
declaração.
As fraudes não são novidade. Os golpes são
conhecidos como “phishing” (remete a “pescaria”, em inglês), termo que indica o
objetivo do fraudador: “pescar” os dados do usuário. Geralmente, os golpistas
se fazem passar por empresas confiáveis, enviando comunicações “oficiais” por
e-mail.
Segundo dados do Centro de Estudos, Resposta
e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br), em 2012, o número
de fraudes virtuais cresceu 72,3%, atingindo 69.578 ocorrências em todo o país.
Em 2011, o balanço totalizou 40.381 casos. O número de fraudes bancárias,
especificamente, cresceu 95% no ano.
Neste mês, outra isca vem sendo utilizada
pelos falsários. Aproveitando-se da saída de cena do comunicador instantâneo
MSN, prevista para abril, vários sites vêm usando a situação como forma de
atrair novas vítimas.
Link malicioso leva internauta a site falso
A isca para atrair a vítima geralmente é a
mesma: a curiosidade do usuário. O golpista tenta fazer o internauta acreditar
que ganhou algum prêmio ou que está com uma dívida em aberto.
Para isso, utiliza a credibilidade de
empresas como bancos e companhias aéreas. Ao clicar em um link malicioso, a
vítima é direcionada a um site falso, onde, sem saber, acaba entregando
informações sigilosas, como CPF, número e até senha do cartão de crédito.
Levantamento da Symantec mostra que mais de
1,5 mil sites são tirados do ar a cada 24 horas em todo o mundo por conterem
códigos maliciosos. Mas os perigos não estão só nos e-mails e páginas
desconhecidos. As redes sociais também estão se tornando cenário para os
golpes. Com tanta informação pessoal disponível, os ataques estão
personalizados e também visam a roubar senhas e infectar máquinas.
cadu.caldas@zerohora.com.br
CADU CALDAS
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