quarta-feira, 14 de março de 2012
Cartilha pede ações contra a impunidade - Mudar já...
Zero Hora
14 de março de 2012
MAIS RIGOR
Cartilha pede ações contra a impunidade
Documento elaborado por ONG e promotores sugere medidas para acabar com brechas legais
Uma cartilha lançada esta semana pela ONG Brasil Sem Grades traz uma lista de ações propostas a combater a falta de rigor das punições aplicadas aos criminosos. Disponível no site da organização, o material também será distribuído à população.
Produzido em parceria com quatro promotores do Ministério Público, a Cartilha Nacional é a continuação do trabalho da entidade que tem voz ativa no combate à criminalidade. Ao todo são 15 propostas que buscam a revisão do Código de Processo Penal Brasileiro, com o objetivo de acabar com as inúmeras brechas que facilitam a impunidade dos criminosos.
Enraizado no escopo da Campanha Justiça Seja Feita!, o material está disponível no site www.brasilsemgrades.org.br. Além disso, a ONG irá distribuir 20 mil exemplares impressos.
– As modificações que pedimos não têm problemas de serem ações inconstitucionais, pois foram feitas com promotores. Temos propostas práticas de mudança – explica o presidente da ONG, Luiz Fernando Oderich, 62 anos.
Um dos objetivos da cartilha é fazer com que a própria população tenha argumentos para cobrar mudanças.
Oderich comenta que muitas vezes as pessoas são contra a situação de impunidade atual, mas não sabem sobre o que são a favor. Neste sentido, as propostas podem apontar soluções passíveis de aplicação e que resolveriam boa parte dos problemas do Código de Processo Penal Brasileiro.
Na primeira edição do material, lançada na segunda-feira, sete das 15 medidas solicitadas, são voltadas ao acompanhamento de processos prisionais, quatro relacionadas à execução da prisão e outras quatro que dizem respeito à condenação.
Algumas propostas
- Produção de provas contra si – A ONG sugere acabar com tese de que ninguém pode fornecer informações que possam incriminá-lo
- Travar a prescrição – Como a Justiça tem tempo limitado para julgar um crime, a ONG sugere que, quando o juiz perceber advogados tentam atrasar o processo, a prescrição do crime deva ser suspensa
- Prisão temporária a adolescente – Modificaria o Estatuto da Criança e do Adolescente, pois, segundo a ONG, pessoas com menos de 18 anos também cometem crimes graves e não deveriam estar soltas. A cartilha também propõe aumento para seis anos de medidas socioeducativas (contra os atuais três anos de internação)
- Fim do regime semiaberto e aberto
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