PALAVRAS CONVENCEM, MAS EXEMPLOS ARRASTAM
Não gosto de fazer comparações, pois posso cometer injustiças ou comparar coisas diferentes, entretanto a citação que nos ensina que “palavras convencem, mas exemplos arrastam” remonta de muito tempo atrás e, ainda hoje, não houve quem ousasse oferecer reparo.
Isto dito penso que o povo brasileiro tem muito que aprender com outras culturas, observando os bons exemplos, e os reproduzindo no nosso País. Porque digo isto? Estou tendo uma oportunidade inestimável de visitar os Estados Unidos, especificamente os Estados da Califórnia, Nevada e Arizona. Aqui as pessoas falam SEMPRE as palavras mágicas: com licença, por favor e desculpe; no trânsito existe uma natureza civilizada em respeitar a preferência dos outros, a exemplo de cruzamentos em que os motoristas se revezam na passagem e os pedestres sequer olham para os lados ao atravessarem as faixas de segurança.
No serviço público conversamos com pessoas trabalhando em temperaturas em torno de sete graus negativos e estas nos atendiam sorrindo e com solicitude, muito embora estivessem trabalhando duro para retirarem a neve das estradas; os policiais nos chancelam a entrada em seus postos e nos atendem alegres e atenciosos e tiram fotografias junto a nós com muita satisfação.
Investir na educação de um povo é imperioso, e aqui não falo somente da educação formal – mas a incluo -, mas daquela que inicia-se na tenra idade, na família, nos círculos de amizade, nos clubes e nos lugares onde nos socializamos, quando devemos iniciar nossos jovens nos princípios da boa educação; da gentileza que não é bobagem; que a tolerância e a solidariedade não é caretice e que respeitar o outro é caminho para que cresçamos e evoluamos como povo e Nação, para que os exemplo que narrei não sejam a exceção no Brasil – e não nos surpreendamos com educação, gentilezas e presteza – e sim a prática natural das pessoas. E tenho o cuidado de deixar claro que muitos brasileiros são educados, gentis e prestativos, mas muitas vezes a cultura do furar a fila, caminhar aos esbarrões sem sequer pedir uma licença ou desculpas e passar o sinal vermelho, dentre muitas práticas, me parece,está acima de nós.
Temos muito potencial, como País e como povo para crescermos e destacarmo-nos no cenário mundial. Creio que basta seguir os bons exemplos, como os que citei acima e eliminar os maus exemplos que teimam aparecer, dia-a-dia e que nos envergonham.
É somente um pequeno testemunho pessoal. Como sabem estou aberto ao contraponto e ao diálogo. E sigo viagem.
Abração
Major Ronie Coimbra – Cmt do 33º BPM
Primeiramente quero dizer que gostei do teu texto. Mas quero deixar o meu comentário que de certa forma, vai ao encontro de tuas palavras. Nós brasileiros somos antes de mais nada, um povo de imigrantes. Nossos pais, avós,bisavós, vieram de várias partes do mundo -salvo os indígenas- e aqui fundiram suas culturas. Paro para pensar após ler tuas considerações: onde foi que perdemos os bons exemplos citados nesta coluna? Que efeito nocivo fez com que aqueles imigrantes perdessem sua educação natal ao viverem nesta terra maravilhosa que tão bem os acolheu? Está na hora de inventarmos a nossa cultura de educação e gentileza, formando -e informando- nossas novas gerações. E então quem sabe nos tornaremos um exemplo a ser seguido. Um beijo grande.
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