Apesar de viver em uma sociedade capitalista, de ser mulher e presa fácil dos estereótipos que a mídia dita como sagrados, no desenho dos contornos femininos, eu me recuso a deixar-me escravizar pelo ideal de perfeição que, hoje, conduz milhares de mulheres a fazer do seu corpo um rascunho, um meio para alcançar a utópica perfeição, uma total descaracterização. Antes de tudo, quero dizer que o perfeito é intangível, e por assim sê-lo, não o alcançaremos, nos causará somente angústia. Não tenho em mente condenar quem busca o corpo perfeito, pois sei que nesta busca o melhor será alcançado, mas chegar ao melhor proporcionará a nós a plena satisfação?
Que não permitamos nos tornar escravas da mídia, não nos curvemos a falsa perfeição corporal que nos é apresentada como sinônimo de felicidade, pois com certeza não o é. Nossos corpos não são perfeitos, entretanto o que os tornam mais belos e sensuais é a presença das imperfeições singulares que cada mulher traz consigo. Curvas mais ou menos acentuadas, peso aquém ou além do imposto como padrão de beleza, nada disso deve ser considerado como excludente de beleza, ao contrário, deve agregar mais estima e valor ao nossos corpos, que nos tornam perfeitamente imperfeitas e únicas.
*Capitã na Polícia Militar do Ceará.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Opinião: Contribua com sua opinião, sugestão, crítica ou outra colaboração para aperfeiçoar os serviços da Brigada Militar de Sapucaia do Sul.