sexta-feira, 31 de outubro de 2014
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
Sinalização da Avenida "Da Legalidade e da Democracia - Um custo desnecessário - Opinião, por Ronie de Oliveira Coimbra*
Novas placas da Avenida
da Legalidade custarão R$ 2,3 mil
Via deixou de se chamar
Avenida Presidente Castelo Branco
A Avenida Castelo
Branco, não mais assim nomeada, pois um iluminado Vereador de Porto Alegre
engendrou um projeto de lei, que foi aprovado pela maioria dos também
iluminados Vereadores de Porto Alegre, e, hoje, se Chama Avenida da Legalidade
e da Democracia.
Alguns dias atrás
acompanhei uma matéria que foi veiculada por uma emissora de rádio, que
mostrava a precariedade dos Postos de Saúde de Porto Alegre, mostrando
deficiências nos locais de atendimento, falhas nas estruturas elétrica e
hidráulica, e falta de materiais básicos para atendimento da população.
Postei um link
abaixo, o segundo, que mostra que por falta de mamógrafo no Hospital Materno
Infantil Presidente Vargas (HMIPV), em Porto Alegre, 1, 5 mil exames
preventivos para o câncer de mama deixam de ser realizados.
Ao que parece o
outubro rosa, em alguns lugares, é somente marketing, pois na prática, as medidas para aprimorarem
as medidas de prevenção ao câncer de mama ficam somente no discurso, e no
colorido dos slogans.
Isto denota que a
preocupação de muitos Vereadores de Porto Alegre, não é com saúde, educação ou
segurança, e sim em aflorar o ranço de suas ideologias, e, quem paga esta
aventura ideológica é o cidadão, que terá que pagar, com seus tributos, R$ 2,3 mil
para que a “nova” Avenida da Legalidade e da Democracia seja sinalizada.
O gasto até não é
tão alto, mas desnecessário. Nestes idos qualquer real mal gasto faz falta em
outras áreas imprescindíveis ao bem-estar da população.
E neste caso,
faltou ao Chefe do Executivo de Porto Alegre, o Senhor Prefeito, coragem para
vetar esse disparate, eis que silenciou quanto a sanção ou veto da Lei
Municipal, e economizar este gasto desnecessário ao já tão combalido
contribuinte.
Enquanto este
dinheiro é gasto neste desvario político, sem nenhum benefício social, mas
apenas para satisfazer o “rancor” de alguns políticos, a saúde, a educação, e a
segurança, vão de mal a pior...
REZEMOS...
* Major da Brigada Militar
terça-feira, 28 de outubro de 2014
SOLTURA DE MENOR QUE PARTICIPOU DE SAIDINHA DE BANCO ABRE IMPASSE - Opinião, por Ronie Coimbra*
Ao tomar pé das circunstâncias deste episódio, veiculado no link abaixo, enveredo meu pensamento a crer que existem, como em qualquer profissão, os profissionais
dedicados com suas causas, preocupados com a qualidade da prestação dos
serviços, mormente quanto o cargo for público, porquanto trabalha para o
bem-comum da sociedade, entretanto, também existem uma parcela de profissionais
que não atuam com este perfil, infelizmente.
Ora, para aqueles que não estão muito interessados se
um adolescente delinquente voltará para as ruas, e reincidirá em sua conduta de
roubar pessoas a mão-armada, muitas desculpas podem ser oferecidas, a exemplo de
que o Juiz não se manifestou, faltaram informações no Boletim de Ocorrência
Policial, o crime não se consumou, dentre outras.
Oras, levanta-te e vai a busca de informações que
respaldem um pedido de medida de internação contra um adolescente que age com
violência contra suas vítimas. É isto que a sociedade quer. Quer sentir-se protegida dos bandidos que circulam pelas ruas, sejam eles adultos ou adolescentes. Dialogue com a polícia, dialogue com seus
assessores, dialogue com o sistema de informações, enfim, trabalhe para fazer
jus ao régio salário que a sociedade oferece em contrapartida.
Ademais, pelo leitura que faço do ocorrido, percebo que
entre alguns Juízes e Promotores, a tentativa de homicídio contra agente
públicos não é levada em conta. Claro, do conforto de seus gabinetes,
climatizados, protegidos, ganhando R$ 4.300,00 de auxílio moradia, não é de se
cogitar que policiais levando tiros possa ter importância no julgamento de
pedidos de prisão para adultos ou de internação para adolescentes.
É de se lastimar que o promotor assevere que, em uma
ocorrência que um adolescente, que espreitava sua vítima, a espera para dar o
bote e ameaçá-la com uma arma de fogo, para lhe arrebatar o dinheiro que
retirara do banco (a conhecida saidinha), o que não ocorreu somente com
intervenção dos policiais militares, que foram recebidos a tiros pelo
adolescente delinquente, tratava-se de uma "reles" tentativa de
roubo, portanto não se consumou, não restando necessidade de segregar o
"adolescente", desconsiderando o risco de morte que este impôs aos
policiais, e aqueles que ali por perto estavam. Para mim este é um PROMOTOR DE
INJUSTIÇA, não de Justiça.
Tal foi o mal-estar, que ao final desta tarde a
Promotora da Infância e da Juventude de Novo Hamburgo promoveu, junto ao Juizado da Infância e da Adolescência,
pela internação do adolescente e criticou a postura do "colega",
asseverando que o Judiciário tem que ser provocado para agir, portanto o
Promotor é que deveria fazê-lo, e que os autos da ocorrência lavrada são
remetidas ao promotor plantonista, que deveria, neste caso, promover pelo
pedido de internação.
Durma-se com um barulho destes.
Precisamos de Magistrados e Promotores que se
preocupem com a sociedade, com o bem-comum da coletividade, e ai se incluem os
policiais, tanto civis quanto militares, que veem seu trabalho ser jogado no
lixo por que alguém não faz a sua parte, e a frustração emerge no seio destes
agentes públicos policiais, eis que a sanção para adolescentes infratores já
não é rigorosa no Brasil, quanto mais quando sequer o que a Lei prevê lhes é imposto.
* Major da Brigada Militar do RS
TOMARA QUE DEUS NÃO EXISTA - Artigo de Davy Lincoln Rocha*
Brasil, um país onde não apenas o Rei Está nu.
Todos os Poderes e Instituições estão nus, e o pior é que todos perderam a
vergonha de andarem nus. E nós, os procuradores da República, e eles, os
magistrados, teremos o vergonhoso privilégio de recebermos R$ 4.300,00 reais de
“auxílio moradia”, num país onde a Constituição Federal determina que o salário
mínimo deva ser suficiente para uma vida digna, incluindo alimentação, transporte,
moradia e até lazer.
A partir de agora,
no serviço público, nós, procuradores da República dos Procuradores, e eles, os
magistrados, teremos a exclusividade de poder conjugar nas primeiras pessoas o
verbo MORAR.
Fica combinado
que, doravante, o resto da choldra do funcionalismo não vai mais “morar”. Eles
irão apenas se “esconder” em algum buraco, pois morar passou a ser privilégio
de uma casta superior. Tomara que Deus não exista…
Penso como seria
complicado, depois de minha morte (e mesmo eu sendo um ser superior, um
procurador da República, estou certo que a morte virá para todos), ter que
explicar a Deus que esse vergonhoso auxílio-moradia era justo e moral.
Como seria difícil
tentar convencê-Lo (a Ele, Deus) que eu, defensor da Constituição e das Leis,
guardião do princípio da igualdade e baluarte da moralidade, como é que eu,
vestal do templo da Justiça, cheguei a tal ponto, a esse ponto de me deliciar
nesse deslavado jabá chamado auxílio-moradia.
Tomara, mas tomara
mesmo que Deus não exista, porque Ele sabe que eu tenho casa própria, como de
resto têm quase todos os procuradores e magistrados e que, no fundo de nossas
consciências, todos nós sabemos, e muito bem, o que estamos prestes a fazer.
Mas, pensando bem,
o inferno não haverá de ser assim tão desagradável com dizem, pois lá, estarei
na agradável companhia de meus amigos procuradores, promotores e magistrados.
Poderemos passar a
eternidade debatendo intrincadas teses jurídicas sobre igualdade, fraternidade,
justiça, moralidade e quejandos.
Como dizia Nelson
Rodrigues, toda nudez será castigada!
* Procurador da República em
Joinville (SC).
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Líder dos "Bala na Cara" solto pela Justiça Gaúcha há um mês, após ser preso em flagrante com 20 kg de cocaína, é preso novamente em operação da Polícia Federal.
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã de
sexta-feira (17) uma operação em dois Estados do Brasil e prendeu em Porto
Alegre o líder da quadrilha de traficantes dos “Bala na Cara“, que havia sido
solto no final de setembro por, segundo o juiz, "falta de provas".
Luís Fernando da Silva Soares Júnior havia sido preso em julho com cerca de 20
quilos de cocaína em um carro, em hospital da cidade, e a Justiça entendeu que
não havia provas suficientes para mantê-lo detido.
Na manhã de hoje, cerca de 100 agentes realizaram a
Operação Bom Jesus para coibir o tráfico internacional de armas e drogas no Rio
Grande do Sul (RS) e no Paraná (PR). Foram cumpridos dez mandados de prisão
preventiva e dez de busca e apreensão em Porto Alegre, quatro presos, e
Cachoerinha, um preso, além de Cascavel, dois presos, e Foz do Iguaçu, um
preso, no PR. Foram apreendidos veículos, dinheiro e armas. Dois mandados foram
cumpridos em presídios gaúchos, Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas
(PASC) e Presídio Central.
Quadrilha
Foi desarticulado o grupo criminoso dos “Bala na Cara”
que domina o tráfico de drogas e armas, especialmente no bairro Bom Jesus, zona
leste de Porto Alegre e em outras regiões da cidade. Uma das características da
quadrilha é conquistar territórios através da violência contra outros grupos
por meio da utilização de armamento pesado e do controle de galerias em
presídios.
Investigação
A investigação começou em fevereiro em Porto Alegre.
Foi apurado que os “Bala na Cara” compravam cocaína e armas no Paraguai e
transportavam em compartimentos escondidos em veículos. O ingresso no Brasil se
dava principalmente por Foz do Iguaçu, fronteira com Ciudad del Este, no
Paraguai, e depois era vendida em pontos de tráfico da capital.
Apreensões
Desde o início, a PF interceptou três cargas que
totalizaram aproximadamente 120 quilos de cocaína, além de três pistolas de
calibre restrito (9mm) e duas 380, de uso restrito. A apreensão resultou em
sete prisões. Os flagrantes ocorreram em junho, em um depósito na Vila Nova, em
julho, quando um veículo transportado por um guincho foi abordado em posto de
combustíveis e também em julho, quando o líder do grupo, Luís Fernando Soares,
o Júnior, foi preso em flagrante ao receber veículo com drogas em
estacionamento de hospital em Porto Alegre.
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Cara Limpa, por Martha Medeiros
Não sou analista política e não tenho conhecimento para avaliar o que faz com que um candidato se eleja e outro não. São inúmeras as variantes que levam a um determinado resultado, mas uma coisa me chamou a atenção nesse pleito: o discurso ensaiado não comove mais.
É tanta coisa em jogo numa eleição que os políticos se cercam de marqueteiros e assessores a fim de não desperdiçarem nem um segundo do seu tempo. Cada palavra, cada verbo, cada expressão é meticulosamente estudada para provocar tal e tal reação. Dá certo nas propagandas de maionese. Quando o produto é gente, não é bem assim: o eleitor percebe não só a embalagem e o slogan, mas o que fica subentendido.
Coloque uma câmera de TV na frente de qualquer pessoa e diga: está no ar, pode começar a falar. Não é fácil para ninguém. Nem para amadores, nem para profissionais. Porém, tem sido mais danoso justamente para os profissionais, que ao se tornarem figuras públicas assumem uma imagem farsesca e esquecem quem são de verdade. Ficam empertigados e exageram na sisudez. Não se permitem coçar a cabeça, sorrir, brincar. Mantêm o esqueleto rígido e a voz grave para transmitir autoconfiança absoluta. Mas quem é tão autoconfiante assim?
Estamos sedentos de gente espontânea, sincera, natural e falível. Gente que assume ter dúvidas e que se coloca disponível para tentativas reais, não para feitos heroicos. Sartori foi um exemplo. Recebeu mais de 2 milhões de votos e desconfio que metade de seus eleitores nunca tenha ouvido falar dele antes de agosto. Por que angariou tanta simpatia? Porque não agia como um boneco de corda, não tinha o texto decorado na ponta da língua, não se apresentou como super-herói. Extra, extra!
Havia alguém com essas características também na corrida presidencial: Eduardo Jorge, do PV. É claro que é mais fácil ser natural quando a visibilidade é pequena. Não tendo nada a perder, nenhuma declaração é arriscada. Mesmo eu levando essa vantagem dele em consideração, me pareceu outro exemplo de autenticidade.
A empáfia é cafona. Já não há paciência para lideranças empostadas e inacessíveis. Saindo da política para a religião: até os ateus saúdam o papa Francisco, por quê? Ora, porque tem gente ali dentro. Não é uma carcaça blindada circulando pelo mundo. Ele está no meio de nós – mesmo.
Falar com o coração, se abrir, desarmar-se, nada disso garante que a criatura será um bom governante. Naturalidade sem bons projetos, experiência e instrução não serve para nada. Ainda assim, prefiro quem mostra a cara àqueles que usam máscaras. Estou em campanha pela espontaneidade – na política e fora dela. Basta de semideuses de fachada. É hora de voltarmos a ver gente transmitindo alguma emoção.
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