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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Brigada Militar de Sapucaia do Sul apreende um adolescente de 15 anos por receptação de motocicleta furtada e uma adolescente de 15 anos por tráfico de drogas (esta pela sexta vez). Desta feita com 99 pedras de crack, maconha e uma pistola 765.

Drogas e arma apreendida com a adolescente infratora.

Em 30/01/2013, próximo das 11h40, policiais militares do Pelotão de Operações Especiais da Brigada Militar de Sapucaia do Sul, quando em patrulhamento ostensivo preventivo, adentraram na Vila Multiforja e se depararam com um motociclista tripulando a motocicleta Titan 125 fan, placas IRC 2878, que estava sob ocorrência de furto, pelo que foi abordado e identificado – adolescente com 15 anos de idade e antecedentes policiais por TRÁFICO DE DROGAS (5X) e POSSE DE DROGAS – que foi apreendido em flagrante delito por receptação de veículo furtado.
Neste ínterim, uma jovem, ao avistar os policiais abordando o adolescente, empreendeu fuga, pelo que foi alcançada e abordada, já no interior da residência do primeiro adolescente. A jovem foi identificada – adolescente com quinze anos de idade, com antecedentes policiais por TRÁFICO DE DROGAS (5X) e POSSE DE DROGAS (5X) – e na sua posse os policiais encontraram  um tijolo de maconha pequeno, 99 pedras de crack, R$ 45,00 (quarenta e cinco reais), 01 pistola 765 com uma munição batida, pelo que a adolescente foi apreendida em flagrante delito por tráfico de drogas.
Ambos os adolescentes encaminhados a 2ª DP para registro, onde o Delegado promoveu o pedido de internação dos adolescentes.
Comentário do Major Coimbra
Pois é cidadãos, qual o exemplo que os adolescentes que decidiram estudar, trabalhar, seguir uma vida honesta, enxergam com este Estatuto da Criança e Adolescente? A legislação não deveria proteger estes adolescentes honestos e se preocupar em recuperar adolescentes com potencial para recuperarem-se? Sim, o Papai Noel, o Coelhinho da Páscoa, algumas autoridades, e alguns políticos raivosos em criticar a polícia acreditam que esta adolescente e este adolescente vão se recuperar. Quantas chances eles terão? Não deveria estar na Lei? Sugiro o três está fora. Presa seis vezes por tráfico de drogas. Preso cinco vezes por tráfico de drogas. O que vai deliberar o MP e o Judiciário? Que não é caso de internação? Entregá-los aos pais, estes zelosos pais, para que fiquem em liberdade assistida. Quem vai fiscalizar esta medida?
Uma coisa é certa: Pessoas continuarão a dizer que o problema é da polícia ostensiva, por falta de contingente ou de capacidade. Que o tráfico corre solto e a polícia nada faz. Dirão que é um absurdo adolescentes praticando tráfico de drogas e a polícia nada faz. A polícia é a receptora das críticas e das pedradas, enquanto a legislação se mantém branda.
Eu recomendo que procurem, também, as autoridades que negam a internação dos adolescentes, pois o Estatuto da Criança e Adolescente prevê a internação nos seguintes casos:
Art. 122 do ECA. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa;
II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;
III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta.
Portanto, a não ser que o MP e o Juizado da Infância e da Juventude não entendam tráfico de drogas como infração grave, não existe explicação para que a internação não aconteça.
Abraços cidadãos de bem.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A meu juízo uma crônica sensacional, motivo pelo qual a compartilho: "Namorando com o suicídio", por J. R. Guzzo


"Namorando com o suicídio", por J. R. Guzzo
Se nada piorar neste ano de 2013, cerca de 250 policiais serão assassinados no Brasil até o dia 31 de dezembro. É uma história de horror, sem paralelo em nenhum país do mundo civilizado. Mas estes foram os números de 2012, com as variações devidas às diferenças nos critérios de contagem, e não há nenhuma razão para imaginar que as coisas fiquem melhores em 2013 - ao contrário, o fato de que um agente da polícia é morto a cada 35 horas por criminosos, em algum lugar do país, é aceito com indiferença cada vez maior pelas autoridades que comandam os policiais e que têm a obrigação de ficar do seu lado. A tendência, assim, é que essa matança continue sendo considerada a coisa mais natural do mundo - algo que "acontece", como as chuvas de verão e os engarrafamentos de trânsito de todos os dias.
Raramente, hoje em dia, os barões que mandam nos nossos governos, mais as estrelas do mundo intelectual, os meios de comunicação e a sociedade em geral se incomodam em pensar no tamanho desse desastre. Deveriam, todos, estar fazendo justo o contrário, pois o desastre chegou a um extremo incompreensível para qualquer país que não queira ser classificado como selvagem. Na França, para ficar em um exemplo de entendimento rápido, 620 policiais foram assassinados por marginais nos últimos quarenta anos - isso mesmo, quarenta anos, de 1971 a 2012. São cifras em queda livre. Na década de 80, a França registrava, em média, 25 homicídios de agentes da polícia por ano, mais ou menos um padrão para nações desenvolvidas do mesmo porte. Na década de 2000 esse número caiu para seis - apenas seis, nem um a mais, contra os nossos atuais 250. O que mais seria preciso para admitir que estamos vivendo no meio de uma completa aberração?
Há alguma coisa profundamente errada com um país que engole passivamente o assassínio quase diário de seus policiais - e, com isso, diz em voz baixa aos bandidos que podem continuar matando à vontade, pois, no fundo, estão numa briga particular com "a polícia", e ninguém vai se meter no meio. Essa degeneração é o resultado direto da política de covardia a que os governos estaduais brasileiros obedecem há décadas diante da criminalidade. Em nenhum lugar a situação é pior do que em São Paulo, onde se registra a metade dos assassinatos de policiais no Brasil; com 20% da população nacional, tem 50% dos crimes cometidos nessa guerra. É coisa que vem de longe. Desde que Franco Montoro foi eleito governador, em 1982, nas primeiras eleições diretas para os governos estaduais permitidas pelo regime militar, criou-se em São Paulo, e dali se espalhou pelo Brasil, a idéia de que reprimir delitos é uma postura antidemocrática - e que a principal função do estado é combater a violência da polícia, não o crime. De lá para cá, pouca coisa mudou. A consequência está aí: mais de 100 policiais paulistas assassinados em 2012.
O jornalista André Petry, num artigo recente publicado nesta revista, apontou um fato francamente patológico: o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, conseguiu o prodígio de não comparecer ao enterro de um único dos cento e tantos agentes da sua polícia assassinados ao longo do ano de 2012. A atitude seria considerada monstruosa em qualquer país sério do mundo. Aqui ninguém sequer percebe o que o homem fez, a começar por ele próprio. Se lesse essas linhas, provavelmente ficaria surpreso: "Não, não fui a enterro nenhum. Qual é o problema?". A oposição ao governador não disse uma palavra sobre sua ausência nos funerais. As dezenas de grupos prontos a se indignar 24 horas por dia contra os delitos da polícia, reais ou imaginários, nada viram de anormal na conduta do governador. A mídia ficou em silêncio. É o aberto descaso pela vida, quando essa vida pertence a um policial. É, também, a capitulação diante de uma insensatez: a de ficar neutro na guerra aberta que os criminosos declararam contra a polícia no Brasil.
Há mais que isso. A moda predominante nos governos estaduais, que vivem apavorados por padres, jornalistas, ONGs, advogados criminais e defensores de minorias, viciados em crack, mendigos, vadios e por aí afora, é perseguir as suas próprias polícias - com corregedorias, ouvidorias, procuradorias e tudo o que ajude a mostrar quanto combatem a "arbitrariedade". Sua última invenção, em São Paulo, foi proibir a polícia de socorrer vítimas em cenas de crime, por desconfiar que faça alguma coisa errada se o ferido for um criminoso; com isso, os policiais paulistas tornam-se os únicos cidadãos brasileiros proibidos de ajudar pessoas que estejam sangrando no meio da rua. É crescente o número de promotores que não veem como sua principal obrigação obter a condenação de criminosos; o que querem é lutar contra a "higienização" das ruas, a "postura repressiva" da polícia e ações que incomodem os "excluídos". Muitos juízes seguem na mesma procissão. Dentro e fora dos governos continua a ser aceita, como verdade científica, a ficção de que a culpa pelo crime é da miséria, e não dos criminosos. Ignora-se o fato de que não existe no Brasil de hoje um único assaltante que roube para matar a fome ou comprar o leite das crianças. Roubam, agridem e matam porque querem um relógio Rolex; não aceitam viver segundo as regras obedecidas por todos os demais cidadãos, a começar pela que manda cada um ganhar seu sustento com o próprio trabalho. Começam no crime aos 12 ou 13 anos de idade, estimulados pela certeza de que podem cometer os atos mais selvagens sem receber nenhuma punição; aos 18 ou 19 anos já estão decididos a continuar assim pelo resto da vida.
Essa tragédia, obviamente, não é um "problema dos estados", fantasia que os governos federais inventaram há mais de 100 anos para o seu próprio conforto - é um problema do Brasil. A presidente Dilma Rousseff acorda todos os dias num país onde há 50 000 homicídios por ano; ao ir para a cama de noite, mais de 140 brasileiros terão sido assassinados ao longo de sua jornada de trabalho. Dilma parece não sentir que isso seja um absurdo. No máximo, faz uma ou outra reunião inútil para discutir "políticas públicas" de segurança, em que só se fala em verbas e todos ficam tentando adivinhar o que a presidente quer ouvir. Não tem paciência para lidar com o assunto; quer voltar logo ao seu computador, no qual se imagina capaz de montar estratégias para desproblematizar as problematizações que merecem a sua atenção. Não se dá conta de que preside um país ocupado, onde a tropa de ocupação são os criminosos.
Muito pouca gente, na verdade, se dá conta. Os militares se preocupam com tanques de guerra, caças e fragatas que não servem para nada; estão à espera da invasão dos tártaros, quando o inimigo real está aqui dentro. Não podem, por lei, fazer nada contra o crime - não conseguem nem mesmo evitar que seus quartéis sejam regularmente roubados por criminosos à procura de armas. A classe média, frequentemente em luta para pagar as contas do mês, se encanta porque também ela, agora, começa a poder circular em carros blindados; noticia-se, para orgulho geral, que essa maravilha estará chegando em breve à classe C. O número de seguranças de terno preto plantados na frente das escolas mais caras, na hora da saída, está a caminho de superar o número de professores. As autoridades, enfim, parecem dizer aos policiais: "Damos verbas a vocês. Damos carros. Damos armas. Damos coletes. Virem-se."
É perturbadora, no Brasil de hoje, a facilidade com que governantes e cidadãos passaram a aceitar o convívio diário com o mal em estado puro. É um "tudo bem" crescente, que aceita cada vez mais como normal o que é positivamente anormal - "tudo bem" que policiais sejam assassinados quase todos os dias, que 90% dos homicídios jamais cheguem a ser julgados, que delinquentes privatizem para seu uso áreas inteiras das grandes cidades. E daí? Estamos tão bem que a última grande idéia do governo, em matéria de segurança, é uma campanha de propaganda que recomenda ao cidadão: "Proteja a sua família. Desarme-se". É uma bela maneira, sem dúvida, de namorar com o suicídio.
Fonte: "Revista Veja", edição 2306, que está nas bancas.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

ESPECIALISTA EM SEGURANÇA PÚBLICA, com bom-humor, mas não sem um fundo de verdade.


ESPECIALISTA EM SEGURANÇA PÚBLICA
VIA FACEBOOK - 24 de janeiro de 2013 01:00

Seja UM, você também, é extremamente simples.
O aumento constante da violência e da criminalidade provoca um clima de insegurança na população, o que propicia um ambiente profícuo para se achar que há uma crise na segurança pública. Ocorrências graves, como tomada de reféns, tiroteios, rebeliões, homicídios grotescos e outros casos do dia-a-dia policial são aproveitados para preencher as lacunas dos telejornais.
Essas lacunas normalmente são oriundas da falta de correspondentes, de atrasos nas edições das reportagens ou, simplesmente, por não haver assuntos importantes naquele dia. Mas essa situação exige comentários e análises da imprensa, o que tem gerado espaço para um tipo de profissional muito peculiar, o "especialista em segurança".
Podemos afirmar que o especialista em segurança é uma atividade que goza de grande respeito, pois aparece na mídia, faz assessoria dos nossos governantes e até interfere no trabalho da polícia. Algumas vezes eles conseguem até elevados cargos públicos.
O especialista em segurança é tão importante como outros dois colegas de profissão, o "especialista em futebol" (aquele técnico não contratado que tem todas as fórmulas mágicas para ganhar o campeonato e apontar os infinitos erros do técnico titular) e o "especialista em churrasco" (que, mesmo sem saber diferenciar picanha de patinho, dá uma aula de como preparar um legítimo churrasco gaúcho).
A EPC International – Embusteration Picaretation Corporation, sempre preocupada com o aperfeiçoamento e o desenvolvimento dos embusteiros e picaretas, oferece aqui os fundamentos necessários para a atuação desses consultores de ocasião. Quem quiser ser um especialista em segurança, deve seguir algumas regras comuns à essa profissão:

1) NUNCA TER SIDO POLICIAL: o especialista em segurança pode ter qualquer origem: civil, militar, religiosa, não importa. Mas é fundamental que ele nunca tenha sido policial, nunca tenha visto um criminoso de perto, nunca tenha colocado sua vida em risco na defesa da sociedade. Excepcionalmente, pode-se aceitar um policial como especialista em segurança, desde que ele nunca tenha exercido atividade operacional e, igualmente, nunca tenha enfrentado bandidos, nunca tenha comandado uma unidade policial cheia de problemas ou uma delegacia de polícia na periferia. Policiais de gabinete, conhecidos pelas alcunhas "gravatinhas", "maçanetas", "papagaios-de-pirata" e outros burocratas em geral têm grande potencial para serem especialistas em segurança, pois possuem uma visão mais ampla e colorida sobre o crime.
2) POSSUIR FORMAÇÃO GENÉRICA: o especialista em segurança pode ser formado em qualquer área, menos em uma Academia de Polícia, é claro. Engenheiros, farmacêuticos, administradores, economistas, professores de educação física, sociólogos, psicólogos, podólogos, promotores de justiça, políticos em geral, juízes, promotores de vendas, enfim, todos podem ser especialistas em segurança, desde que tenham estudado profundamente o assunto no último final de semana ou tenham participado daquele seminário de um dia, que ocorreu não sei aonde. Mas, se o especialista tiver feito algo mais profundo, como um curso de vigilante em Israel, terá garantida uma entrevista no Fantástico.
3) APARECER NA MÍDIA: o especialista em segurança não pode deixar de aparecer na mídia, quer seja imprensa escrita, falada, televisada ou internetada. Não se mede a qualidade de um especialista em segurança pela sua experiência profissional ou sua formação específica. É a quantidade de vezes que ele aparecer na imprensa que irá dar a sua qualificação de suposto conhecimento e experiência. Vale tudo nesse assunto: Fantástico e Jornal Nacional têm amplitude, mas geralmente deixam um pequeno tempo de exposição. Programas como Superpop, Boa Noite Brasil, Hebe Camargo, Programa do Clodovil, além daqueles intermináveis programas femininos da manhã e tarde são melhores, pois dão aos especialistas maior tempo e oportunidade para soltarem suas "pérolas" sobre segurança.
4) FALAR O ÓBVIO: o especialista em segurança deve dar entrevistas ou escrever artigos apresentando soluções mágicas para resolver o problema da segurança. Por exemplo, o especialista em segurança deve afirmar que as autoridades policiais precisam "intensificar o policiamento preventivo" ou "investir em inteligência policial". Quanto mais óbvia for a solução mágica, melhor será o efeito "como-ninguém-pensou-nisso-antes". E, obviamente, o especialista não precisa dar detalhes sobre como serão conseguidos os recursos humanos, materiais e financeiros, qual o impacto sobre o orçamento e outros problemas que "são meros detalhes técnicos".
5) FAZER A POLÍCIA PARECER INCOMPETENTE: o especialista em segurança é especialista porque entende do assunto. Polícia não entende nada de segurança. Ao comentar os problemas de segurança, as crises e os problemas em ocorrências policiais, o especialista em segurança deve mostrar como a polícia errou, o que ela deixou de fazer, o que ela poderia ter feito. Sutilmente, o especialista em segurança deve dar indicações de que a polícia não sabe fazer bem o seu serviço. Isso é certo, pois a polícia, tendo que se desdobrar para combater a criminalidade, gerenciar recursos minguados, enfrentar problemas diários, cobranças da comunidade e dos escalões superiores, certamente não tem tempo para ficar fazendo masturbações mentais sobre o que deveria fazer ou deixar de fazer. Isso é coisa para os especialistas em segurança.
6) NÃO TER RESPONSABILIDADES: o especialista em segurança não precisa se preocupar com o que fala, pois não tem que tomar decisões, não tem responsabilidades, não é cobrado pelos seus resultados. Quando fizer uma proposta, apresentar uma idéia que irá solucionar os problemas da segurança, o especialista em segurança deve adotar duas alternativas: primeiro, se seu projeto der certo, estará comprovada sua genialidade; segundo, se der errado, sempre há alguém para culpar, principalmente os Oficiais de Polícia Militar e os Delegados da Polícia Civil, que não se empenharam corretamente em suas obrigações para fazer dar certo o magnânimo projeto do especialista em segurança. Essa é uma das maiores vantagens de ser um especialista em segurança. Por mais absurda que seja sua idéia, você não é responsável pelo "como" ou "quanto $quot; será sua aplicação, muito menos as conseqüências do fracasso.
7) PÉROLAS DOS ESPECIALISTAS EM SEGURANÇA: a partir dos conceitos apresentados, apresentamos aqui algumas frases que podem ser usadas pelos especialistas em segurança iniciantes. Mesmo já tendo sido usadas anteriormente, essas frases-padrão representam o discurso que se espera de um bom especialista em segurança durante uma entrevista:

- "A conjuntura macroeconômica da globalização desenfreada tem impactado sobre a sociedade marginalizada, forçando uma busca por recursos alternativos nem sempre éticos com a legalidade".
- "A polícia precisa urgentemente investir em policiamento preventivo, em inteligência policial".
- "Os capitães comandantes de companhia e os delegados titulares de distritos policiais devem se reunir periodicamente e detectar onde e quando estão ocorrendo os delitos. Com essa informação, o policiamento deve ser direcionado para os locais de maior incidência criminal".
- "A crise de segurança ocorre porque a polícia não está fazendo o seu papel. Os policiais militares não fazem a prevenção e os policiais civis não investigam".
Viu como é fácil ser um especialista em segurança?
Não perca essa oportunidade! Seja você também um especialista em segurança e dê palpite em um dos assuntos mais complexos da nossa sociedade atual! Junte-se a essa cambada de picaretas que cada vez mais querem criticar a profissão mais difícil, ingrata, perigosa, porém mais necessária e mais honrada do mundo: a profissão POLICIAL.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Resposta a jornalista Rosane de Oliveira, em razão de publicação na "página 10" do Jornal Zero Hora de 23 de janeiro de 2013.

 
Cara Rosane de Oliveira
Sou leitor da sua página no Jornal Zero Hora, e, recentemente, ao final do ano de 2012, quando estivestes em Sapucaia do Sul proferindo palestra na sede da ACIS, lá compareci  para ouvir a tua fala referente ao cenário político brasileiro pós-eleições.
Especificamente quanto a matéria que veiculastes em tua página no Jornal Zero Hora, no dia de hoje (23 jan 2013), "mãos ao alto, cabeça baixa" e depois teu "aliás", sugerindo utilizar o potencial latente das guardas municipais, digo-lhe que não sou contrário a esta conjugação de esforços, até mesmo porque o cidadão é quem sairá ganhando. Entretanto considero muito simplista afirmar que a falta de policiamento nas ruas é o culpado pela violência e criminalidade. O cidadão leitor de teus textos acaba convencido de que a única responsável pelas mazelas sociais da violência e da criminalidade é a polícia, tanto militar quanto civil, o que é uma inverdade. Obviamente que as polícias tem suas limitações e suas responsabilidades neste quadro, mas reduzir tudo a falta de efetivos nas ruas beira a irresponsabilidade, eis que as pessoas acreditarão que esta é a verdade cabal, e não ficarão alertas a outras questões que fomentam o crime, a exemplo da impunidade. Na produção de teus textos recomendo, com toda humildade que eu possa ter, que aponte outros responsáveis, e, dentre estes, elenque a legislação processual penal brasileira como uma das grandes fomentadoras de criminalidade no RS e no Brasil. Apresento a você um exemplo somente, eis que é atual, pois aconteceu entre ontem e hoje, e suficiente pelo impacto que causa: Dia 22 de janeiro de 2012 policiais militares da Brigada Militar de Sapucaia do Sul detiveram um indivíduo por porte ilegal de arma, por portar um revólver calibre .38 carregado com cinco cartuchos intactos, que foi reconhecido por uma vítima como aquele, juntamente com uma mulher, sua comparsa, que lhe assaltou recentemente. Pois bem, este indivíduo, mesmo com registro policiais vergonhosos, de causar  espanto - RECAPTURA DE PRESOS(2X)  , PRISÃO POR CUMPRIMENTO DE MANDADO(6X), FURTO DESCUIDO(2X), ROUBO A PEDESTRE,  DESACATO, TRÁFICO DE ENTORPECENTES, FURTO MÃO GRANDE, LESÃO CORPORAL(3X), FURTO QUALIFICADO(5X), DANO(2X)  , APREENSÃO DE OBJETO SEM PROCEDÊNCIA(4X),  ESBULHO POSSESSÓRIO, VIOLAÇÃO DE DOMICILIO, FURTO SIMPLES EM RESIDENCIA(2X), RECEPTAÇÃO DE OBJETOS ORIUNDOS DE CRIME(2X), FURTO/ARROMBAMENTO DE ESTABELECIMENTO DE ENSINO, ROUBO A ESTABELECIMENTO COMERCIAL,  PORTE ILEGAL DE ARMA, FURTO/ARROMBAMENTO DE  ESTABELECIMENTO COMERCIAL - estava nas ruas, livre, leve e solto, e foi preso pela policia militar, como registrei anteriormente, por porte ilegal de arma de fogo. Na delegacia de polícia o Delegado lavrou o auto de prisão em flagrante delito por porte ilegal de arma,  e, por imposição legal, conforme determina nossa legislação processual penal, arbitrou fiança, restando o delinqüente solto, retornando, portanto, as ruas. Na data de hoje este mesmo indivíduo foi novamente preso em flagrante delito, por policiais militares de Sapucaia do Sul, estes mesmos que você diz que estão ausentes nas ruas,  por roubo a mão armada perpetrado com um revólver calibre .32 a um estabelecimento comercial no centro de Sapucaia do Sul. Peço que coloque isto a baila, se efetivamente queres contribuir com uma sociedade e um País melhor e mais justo, para que o cidadão saiba que sua polícia, civil e militar, embora com todas as suas limitações, inclusive de contingentes,  efetivamente  trabalha, e que outros atores integrantes do sistema precisam aperfeiçoar as ferramentas legais, propiciando que delinquentes com a periculosidade do que aqui citei fique preso e pague por suas escolhas erradas, por conseguinte, preservando direitos do cidadão de bem,  e acabemos com este discurso distorcido utilizado por muita gente “boa” de que existem muitos culpados para a criminalidade, e dentre estes nunca está o bandido, que comete os crimes.
Att
              Ronie de Oliveira Coimbra
Major QOEM - Cmt da BM de Sapucaia do Sul


Abaixo o motivo da minha manifestação....
Zero Hora
23 de janeiro de 2013
PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA

Mãos ao alto, cabeça baixa

Janeiro está sendo especialmente trágico no Rio Grande do Sul em matéria de criminalidade. Só na última semana, o Estado registrou mais homicídios do que na desastrada operação de resgate em uma usina da Argélia, que matou reféns e sequestradores. O fim de semana tinha sido um dos mais violentos dos últimos meses. Ontem, mãe e filho foram mortos no assalto a uma lancheria em plena Avenida Ipiranga, no Jardim Carvalho. O filho, um jovem policial, reagiu a um assalto e acabou sendo morto, junto com a mãe. A terceira vítima é um dos bandidos.

No final da tarde, o site zerohora.com noticiava que nestas primeiras semanas de janeiro o Estado registra um roubo seguido de morte a cada quatro dias. Os títulos resumiam a situação no front em que se transformou o Rio Grande do Sul:

- Mãe e filho policial são mortos a tiros em Porto Alegre

- Homem é morto durante assalto em Gravataí

- Frentista é morto em tentativa de assalto em Passo Fundo

- Aposentado da Susepe morre após ser baleado por ladrões em Porto Alegre

- Homem é morto em tentativa de assalto em Sapucaia do Sul.

Nos títulos citados, não estão as mortes em brigas de vizinhos, os acertos de contas entre traficantes, os crimes passionais e os não esclarecidos. Estão destacadas apenas as que foram consequência de roubo. Não importa se ocorreram porque a vítima reagiu – coisa que, todos sabemos, não é prudente fazer – ou porque os ladrões interpretaram como reação um gesto de nervosismo. A verdade é que estamos vivendo um dos piores momentos da segurança pública no Estado. Faltam policiais (e não é de hoje), faltam recursos, falta articulação, falta dinheiro para pagar melhor os homens e mulheres que atuam no combate ao crime.

A sensação de insegurança deixou de ser sensação. Depois do assalto à joalheria Coliseu, no Praia de Belas, estamos vulneráveis até nos shopping centers, que cresceram e se multiplicaram por oferecer ao consumidor a certeza de que ali não estava à mercê dos ladrões. Na semana passada, uma jornalista de Zero Hora foi assaltada e teve o carro levado por ladrões quando pegava as moedas para pagar o parquímetro no coração do Bairro Moinhos de Vento. Estacionar em qualquer rua de Porto Alegre se transformou em situação de risco.

 ALIÁS
Se o Estado não tem como colocar mais policiais na rua, para inibir a ação dos bandidos, não está na hora de repensar o papel das guardas municipais e somar forças na luta contra o crime?

Brigada Militar de Sapucaia do Sul prende suspeito de assaltos, no dia 22 de janeiro de 2013 portando ilegalmente arma de fogo, que resta solto sob fiança. No dia 23 jan 2013 é preso novamente pela BM de Sapucaia do Sul por assaltar estabelecimento comercial no Centro de Sapucaia do Sul. Adivinhem: A ficha criminal dele é espantosa.





Arma e munição apreendida com o suspeito no dia 22 janeiro
de 2013.
No dia 22 de janeiro de 2012, em torno de 11h40, policiais militares da Brigada Militar de Sapucaia do Sul foram acionados em razão de acidente envolvendo uma motocicleta, tripulada por um casal. No local os policiais militares encontraram na posse do piloto da motocicleta um revólver Taurus calibre .38,  municiado com 05 cartuchos intactos.
Os policiais souberam, após diligências, que uma pessoa fora vítima de roubo, recentemente, que fora perpetrado por um casal tripulando uma motocicleta, pelo que foi convidada a fazer o reconhecimento dos suspeitos. A vítima confirmou que foram eles que lhe assaltaram em outra ocasião.
Prisão do delinquente em 23 jan 2013
A ocorrência foi encaminhada para a 2ª Delegacia de Polícia de Sapucaia do Sul, onde o casal foi apresentado com a notícia de roubo anterior, com reconhecimento pela vítima, e o homem  especificamente pelo porte ilegal de armas, este com antecedentes policiais por  RECAPTURA DE PRESOS(2X)  , PRISÃO POR CUMPRIMENTO DE MANDADO(6X), FURTO DESCUIDO(2X), ROUBO A PEDESTRE,  DESACATO, TRÁFICO DE ENTORPECENTES, FURTO MÃO GRANDE, LESÃO CORPORAL(3X), FURTO QUALIFICADO(5X), DANO(2X)  , APREENSÃO DE OBJETO SEM PROCEDÊNCIA(4X),  ESBULHO POSSESSÓRIO, VIOLAÇÃO DE DOMICILIO, FURTO SIMPLES EM RESIDENCIA(2X), RECEPTAÇÃO DE OBJETOS ORIUNDOS DE CRIME(2X), FURTO/ARROMBAMENTO DE ESTABELECIMENTO DE ENSINO, ROUBO A ESTABELECIMENTO COMERCIAL,  PORTE ILEGAL DE ARMA, FURTO/ARROMBAMENTO DE  ESTABELECIMENTO COMERCIAL., o que não obstou, por imposição da legislação processual penal, que o Delegado de Polícia arbitrasse fiança, que foi paga pelo delinqüente, que restou solto, portanto retornando as ruas livre, leve e solto.
Pois bem, este mesmo indivíduo acima, ao abrigo das benesses da legislação brasileira, portanto impune, no dia de hoje, 23 janeiro de 2013, em torno de 1430 h, cometeu um roubo a mão-armada com um revólver calibre .32, em uma loja comercial no centro de Sapucaia do Sul, situada na rua Nossa Senhora da Conceição, subtraindo a quantia de R$ 710,73 (setecentos e dez reais e setenta e três centavos).
Logo em seguida policiais militares da Brigada Militar de Sapucaia do Sul o prenderam em flagrante delito, portando o revólver e o dinheiro subtraídos do estabelecimento, que foi todo recuperado, bem como foi reconhecido pelas vítimas como o assaltante que roubou o estabelecimento, ameaçando-as com um revólver.
Arma e dinheiro apreendidos na data de 23 jan 2013
NOVAMENTE O BANDIDO FOI ENCAMINHADO PRESO PARA A 2ª DP DE SAPUCAIA DO SUL, PARA A LAVRATURA DO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO.


Comentário do Major Coimbra
ESTA É A TRISTE REALIDADE CIDADÃOS. LEGISLAÇÃO LENIENTE, FROUXA E PRODUTORA DE IMPUNIDADE. E AINDA TENHO O DESPRAZER DE LER, EM JORNAL DE GRANDE CIRCULAÇÃO, JORNALISTA IMPONDO EXCLUSIVAMENTE A CULPA DA CRIMINALIDADE NA FALTA DE CONTINGENTE POLICIAL, INDUZINDO AS PESSOAS A ELEGEREM UM CULPADO SOMENTE, FICANDO DESATENTAS PARA OUTROS RESPONSÁVEIS DE MUITO MAIS IMPACTO, A EXEMPLO DESTA VERGONHOSA LEGISLAÇÃO GERADORA DE IMPUNIDADE.
PARAFRASEANDO  O SR. PUGGINA É DE SE PENSAR QUE NOSSAS AUTORIDADES ESTÃO A PENSAR EM CUIDAR MAIS DOS NOSSOS BANDIDOS DO QUE DOS CIDADÃOS DE BEM E POLICIAIS.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

SEGURANÇA AOS NOSSOS BANDIDOS - Opinião, por Percival Puggina.


Publicado em  ZERO HORA, 13 de janeiro de 2013.
Proporcionar segurança à sociedade é uma das finalidades do Estado. No entanto, cresce a sensação de insegurança e é imperioso refletir sobre o tema. As tarefas que convergem para esse elemento tão importante do bem comum não avançam em qualquer dos três poderes. Não se constroem presídios, não se ampliam os contingentes policiais e não se proporcionam boas condições materiais ao exercício dessas atividades. A legislação penal é leniente. A justiça é lenta. É preciso muito azar para alguém ser preso e ficar preso. Mas se ficar, cumprida parcela ínfima da pena, sai às ruas porque o Estado acredita que ele irá cantar no coro da igreja, entrar para o Rotary ou trabalhar como voluntário em obras assistenciais.

 As ações para a segurança pública, além de não avançarem, muitas vezes dão-nos a impressão de que estão em curso, sim, mas trafegando com excesso de velocidade, farol alto e na contramão do interesse social. Assim, por exemplo, a ministra Maria do Rosário, na condição de "presidenta" do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, vem de editar a Resolução Nº 08 de 21 de dezembro de 2012. Ao redigi-la, a ministra e o Conselho deram saltos olímpicos sobre os limites legais e constitucionais interpostos à sua atuação: determinaram procedimentos ao Ministério Público e às polícias estaduais, limites de ação aos serviços de inteligência das polícias militares, mudaram lei e atropelaram a Constituição.

 O objetivo da Resolução é determinar o que deve acontecer quando um policial em atividade funcional causar ferimento ou matar alguém. Já de início causa espanto que o foco esteja fechado sobre como devem agir as autoridades quando a autoria da ação lesiva é atribuída a um policial. É esse e só esse o tipo de evento que interessa à Resolução. Não há qualquer menção a igual rigor quando o morto é um policial. Nem quando o morto é um cidadão qualquer. Parece que só quem não deve morrer é o bandido. Tem mais: em suas considerações iniciais, a Resolução afirma que a violência das mortes causadas em ações policiais "cria um ambiente de insegurança e medo para toda a comunidade". Deduz-se, portanto, que, para os redatores da Resolução, é a morte do bandido que causa insegurança à comunidade. Será?

 Lê-se, também, no referido documento, que "até que se esclareçam as circunstâncias do fato" os policiais envolvidos "serão afastados imediatamente dos serviços de policiamento ostensivo e de missões externas ordinárias e especiais", e que os mesmos "não participarão de processo de promoção por merecimento ou por bravura" (aqui a própria Constituição Federal vai para o beleléu). Ou seja, se os preceitos da tal Resolução vigessem, os policiais que, nas proximidades de Cotiporã, participavam do bloqueio da estrada e reagiram ao tiroteio que lhes endereçaram os assaltantes, matando três deles, não poderiam ter sua bravura reconhecida e enfrentariam muito incômodo pela frente!

 Não se pode, em absoluto, deixar de cobrar do Estado seu dever de inibir a violência policial, a formação de esquadrões da morte e coisas desse tipo. Mas saltar daí a um zelo desmedido pela segurança dos criminosos, conforme "resolve" essa Resolução, é o equivalente prático de coibir a ação policial. E esta é, sim, objetivamente, reduto de esperança da sociedade apavorada.
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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Assaltante resta morto após duas tentativas de assalto a mão armada contra policiais militares de Sapucaia do Sul.


Tentativas de assaltos ocorreram em sequência, no bairro Nova Sapucaia
Um criminoso foi morto com três tiros, por volta das 14h desta terça-feira, 15 de janeiro de 2013,  em Sapucaia do Sul, na região Metropolitana, depois de duas tentativas de assalto a dois veículos conduzidos por policiais militares  à paisana. No segundo caso, o soldado, que acompanhado da família, baleou o criminoso. O assaltante , inicialmente tentou levar um Honda Civic conduzido por um sargento da BM na rua Dante Macario, no bairro Nova Sapucaia.
O Sargento reagiu atirando e surpreendeu o criminoso, que fugiu por duas quadras e abordou, na rua Rio de Janeiro, um Gol vermelho, guiado por um soldado do 33° Batalhão. A mulher dele vinha na carona e dois filhos, crianças, no banco de trás. O policial relatou que, mesmo com o revólver .38 do criminoso apontado contra o rosto, notou o nervosismo dele e conseguiu reagir, desferindo três tiros com sua pistola .380 contra o assaltante, que não resistiu aos ferimentos e entrou em óbito no local, embora o soldado tenha acionado por socorro.
O assaltante possuía antecedentes policias por ameaça, lesão corporal, porte ilegal de arma de fogo, roubo de veículo e posse de entorpecentes.

Assista o Vídeo Institucional da Brigada Militar

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BM de Sapucaia do Sul auxilia Exército na instrução de preparação para a missão da paz da ONU