Hoje pela manhã recebi a ligação de uma
repórter de uma emissora de televisão a qual me indagava sobre a “onda” de
assaltos nas proximidades do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia (IFSul), cujo Campus Sapucaia do Sul situa-se na Avenida Copacabana,
100, no Bairro Piratini. Narrei à
repórter que, em reunião do Conselho de Segurança Escolar recentemente
ocorrida, tratamos desta questão com o Diretor do Instituto, e que doravante o
policiamento ostensivo seria intensificado nos horários críticos, conforme
registro de ocorrências e reclamações de alunos e profissionais que lá estudam
e trabalham.
A repórter não se satisfez com estas
informações, pois queria gravar uma manifestação para colocar no ar, por
ocasião de programas que sabemos todos sensacionalizam os fatos e multiplicam
suas consequências, pelo que lhe disse que as informações repassadas por
telefone era o que o Comandante da BM local tinha a noticiar.
Adotei esta postura porque esta mesma
repórter ficou meses sem entrar em contato comigo, muita embora neste período a
BM realizasse uma série de ações policiais e sociais na cidade, prendeu dezenas
de delinquentes, assegurou a realização de centenas de eventos, proporcionando
que eles acontecessem na mais plena paz, realizou palestras em dezenas de
instituições, prestou milhares de serviços aos cidadãos e várias reuniões do
Conselho de Segurança Escolar aconteceram, mas isto não lhe interessou e ela
não veio perguntar a respeito deste árduo e difícil trabalho.
De forma alguma vou me furtar de dar
explicações sobre problemas que devam ser resolvidos pela Brigada Militar de
Sapucaia do Sul, eis que sou servidor público, e em razão do cargo de comando que exerço, tenho que prestar contas do que
faço e deixo de fazer em matéria de segurança pública na cidade. Mas, doravante, se quiserem que eu me pronuncie
diante das câmeras, que seja de uma forma justa e não míope, mostrando o que
fazemos de bom, que não é pouco, e também dando explicações e detalhando
medidas quando nosso trabalho deixa a desejar, isto no intuito de erradicar a
prática de algumas emissoras que, embora mostrem os fatos verdadeiros, dão
visibilidade somente ao que de ruim acontece em termos de serviços das forças
policiais, ou então noticiando mazelas sociais como violência e criminalidade e
estabelecendo um nexo de que a responsabilidade disto tudo que ocorre é somente
da polícia, deixando passar ao largo a responsabilidade de outros, que somente
aparecem quando o problema está resolvido ou se resolvendo, bem como sonegam as
pessoas uma imensidão de coisas boas que são realizadas pela polícia, por que
não são divulgadas.
Espero que provoque a reflexão do leitor que
também deve adotar uma postura de gostar de ler, ver e ouvir boas notícias,
também, além das ruins, no intuito de ter uma visão mais otimista da vida e da
sua cidade.
Abraços.
Major Ronie de
Oliveira Coimbra
Cmt da Brigada
Militar de Sapucaia do Sul
isso!
ResponderExcluirMajor!!! Tens toda razão por se pronunciar dessa forma!
ResponderExcluirA mídia tem dessas coisas... vivem de notícias sensacionalistas... Especialmente de determinadas emissoras, que maximizam esse viés, justamente para atender as expectativas de um determinado público. Sou absolutamente solidário à sua indignação. Como sempre, fostes preciso em seus comentários. Abraço